sexta-feira, 7 de outubro de 2016

CONTRIBUIÇÃO DE WILTON CÉSAR LEITÃO: PONTE SOBRE O RIO JAGUARIBE NA EPITÁCIO PESSOA

1918: atual trecho da ponte sobre o rio Jaguaribe na Epitácio Pessoa
Prezad@s, trago mais uma vez para o blog a contribuição de Wilton César Leitão acerca da história da nossa amada cidade de João Pessoa. O texto abaixo é de autoria de Antônio Higino Junior e a fotografia é do acervo Walfredo Rodrigues. Antes de passarmos à leitura explicativa da construção do trecho sobre o rio Jaguaribe da atual Avenida Epitácio Pessoa, que na época obviamente não tinha este nome e não sei qual era seu nome original, é bom chamarmos a atenção para três informações: quem era o sr. Alberto San Juan? Segundo informações que ouvi de historiadores do IHGP quando aos 20 anos de idade frequentava assiduamente aquele espaço, San Juan foi um espanhol que se tornou proprietário de vasta área de nossa cidade que hoje corresponde à boa parte do Bairro dos Estados, dos Ipês e Treze de Maio. A segunda observação contida no texto sobre a empresa de Tração Força e Luz instalada na Cruz do Peixe onde teria início a propriedade de Alberto San Juan, também proprietário da referida empresa, é que no início do século XX no Brasil a exploração da atividade econômica referente à energia elétrica era feito pela iniciativa privada onde em todo país se destacou o capital inglês, tendo a fase de estatização desse ramo da atividade econômica ocorrido pelo menos próximo a meados do século XX para depois retornar à iniciativa privada com a implantação do Estado Gerencial em 1995. A terceira e última observação é que na localidade compreendida entre a atual empresa Cruz do Peixe seguindo até a área do Hospital Santa Izabel, existiu antes um cemitério. Vejam agora o texto abaixo de Antônio Higino Junior trazido ao nosso conhecimento por Wilton César Leitão:


"Foto de 1918 - Abertura da Av. Epitacio Pessoa, nas imediações da ponte do Rio Jaguaribe.
A concorrência da obra foi ganha pelo engenheiro Alberto San Juan, proprietário da Empresa de Tração Força e Luz instalada na Cruz do Peixe. A concepção arrojada da nova avenida marcava a intenção do Presidente Camilo de Holanda de promover o mais rápido possível a expansão da cidade para o litoral.
No início do século XX, a área sem qualquer urbanização, continha árvores de médio porte (10 a 15 m.), troncos de diâmetros pequenos com copas largas e irregulares. Os cajueiros, aroeiras e oitis das praias, entre outras espécies, faziam parte da paisagem. A construção de uma ponte sobre o Jaguaribe representariam a parte mais difícil da empreitada. Foram utilizados presidiários para a execução das obras, dessa forma, várias turmas de trabalho se adentraram pela floresta a derrubar árvores e abrir a clareira. O difícil trabalho teve início por volta de meado de 1918.
O Presidente do Estado Camilo de Holanda, decidiu instalar os trilhos do trem à medida que a avenida fosse sendo aberta. Esse planejamento arrastou as obras até o final da sua gestão, outubro de 1920, gerando outra frente de trabalho. As dificuldades de abertura do platô para descer às margens do Rio Jaguaribe, e a construção de uma ponte que garantisse a passagem dos automóveis, fizeram com que esse trecho da avenida se estreitasse".( foto acervo Walfredo Rodrigues, texto pesquisa Antonio Higino Júnior)

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