Parte do grupo que participou da elaboração do referido projeto |
Prezad@s, em 21.01.2014, integrantes de várias religiões CEDHPB, OAB/PB, ALPP, Polícia Militar do Estado da Paraíba, compareceram em audiência pública para discussão e apresentação de projeto de lei ao Sr. Excelentíssimo Sr. Governador do Estado da Paraíba para criação do Comitê Estadual de Diversidade Religiosa da Paraíba. em outro post colocaremos o comprovante de protocolo e também poderão ver o conteúdo do referido projeto de lei. A verdade é que na Paraíba infelizmente, por questões pessoais, a discussão em torno da Diversidade Religiosa ganhou mais contornos de vaidade. O Prof. Dr. Carlos André Cavalcanti no início deu contribuições valiosas para a Comissão de Promoção de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa da OAB/PB. Ocorre que após a participação na Comissão de um desafeto pessoal do Prof. Carlos André, Sr. Gilson Gondim, após os "desgastes" na imagem sofridos por mim, em virtude das denúncias que faço ( e não denuncismo, ok), e após discussões com a atual presidentE (não concordo em colocar no feminino, porque é substantivo comum de dois gêneros. Não tenho clientA, nem sou pacientA de médico. Uma lei que atentou contra o idioma português) da FUNDAC, Sra. Sandra Marrocos, que quis proibir meu acesso na condição de Conselheira aos Centros que internam menores infratores com quem o Professor começou a trabalhar na temática, houve uma divisão sim. Mas não foi da nossa parte, conforme se comenta em bastidores, ok?, Prof. Carlos André. Ocorre que também o sr. Governador não nos deu retorno, nada do que sai da Comissão da OAB/PB e do Fórum Diversidade Religiosidade da Paraíba é acatado. Mas a verdade é para ser dita. Abaixo, o texto do sacerdote wicca Saulo Gimenez Ferreira Ribeiro que está a frente do Fórum de Diversidade Religiosa da Paraíba:
TEXTO DE SAULO GIMENEZ FERREIRA RIBEIRO
"Sobre a entrega do "projeto" do Comitê de Diversidade Religiosa pela UFPB ao governador Ricardo Coutinho.
Interessante notar que os grupos de DR no estado da Paraíba não foram chamados para este tipo de interação junto ao RC, o projeto do comitê deve ser analisado primeiro pelo povo paraibano (lê-se grupos de DR no estado, lideranças religiosas, sociedade civil organizada e outros). O que foi feito em 21 de janeiro de 2014 na OAB-PB em forma de audiência pública, no que rendeu um projeto que foi protocolado junto ao gabinete da casa civil do governador, a UFPB com essa manobra atrapalha mais do que ajuda, ainda mais quando lemos que são dois projetos entregues. A universidade Federal acaba assim contribuindo para a desfragmentação da luta em prol do DR. Assinar uma petição on line onde a propositura do projeto não é modificada não representa a meu ver trabalho coletivo. O PNDH3 deixa claro que a sociedade deve participar dos projetos de construção, onde não vimos essa propositura, ao contrário vimos uma cópia/cola de projeto como o do Estado do RS, do qual a realidade paraibana é totalmente estranha. Esse ato deveria ter sido posto a público e não feito as escondidas, trabalho de confiança funciona assim. Mas esperar o que de uma instituição que completando 60 anos ainda tem em seus quadros o velho pensar de que só os acadêmicos mandam e o restante da massa deve engolir sem reclamar? UFPB não me representa."
O que me deixa mais preocupado com isso, é que a universidade toma o papel de luta do movimento, o que não é correto. Ela deve se ater a seu papel de produção de conhecimento. Não o fazendo, desfragmenta e polariza a luta num tom academicista que não leva a nada, pois fica retido em sala de aula e não é posto em ação nem na própria UFPB. O curso de Ciências das Religiões existe e além de não ser funcional, não tem dado suporte a causa da Diversidade Religiosa (uma cadeira específica foi pedida em uma aula magna e a cara de desdém do então coordenador do curso é notória, comprovado nas fotos onde o mesmo nem se resigna a ouvir os ditos "não acadêmicos" que representavam algumas lideranças religiosas que compõe a luta e o combate a intolerância religiosa no estado, sem contar que se um aluno tem a ideia que distorce dos padrões do que eles dizem ser ou representar é simplesmente coagido e perseguido. digo por experiência própria. Pois a fala levada para a criação da cadeira de DR foi minha propositura, sofri perseguições e acabei desistindo do curso quando notei que não adianta lutar dentro de um lugar que sobrevive de títulos, holofotes e mão de ferro com quem pensa diferente. Não fui o único e nem o serei o último. Pena, entrei no curso porque achei que seria ouvido como minoria e teria suporte acadêmico para ajudar aqueles que sofrem discriminação e intolerância por serem diferentes... em troca só me restou o rancor de uma instituição que com 60 está desfragmentada e com o pires na mão. Não vivo de holofotes, não preciso sentar em mesas de debate para ser ou lutar, não preciso escrever livros ou artigos para ser lembrado só em poder abraçar e acalentar quem sofre me reconforta, só em ver sorriso e esperança nos olhos de quem é massacrado por ser diferente e vê em minhas palavras o conforto de seu coração, me impulsiona ainda mais na luta. O desprezo fica como recordação a quem tenta vilipendiar e glamurizar a dor alheia, se pavoneando com títulos ou com falsas glórias. Eu, Saulo Gimenez Ferreira Ribeiro, assim o digo.
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