quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O DESEMPODERAMENTO POLÍTICO FEMININO NA AMÉRICA DO SUL

Foto da Internet: Jeanine Áñez


Não há empoderamento feminino com Jeanine Áñez na Bolívia que ascendeu por forças misóginas de uma religião ultra patriarcal e com apoio militarista enquanto outra mulher, Patricia Arce, em seu próprio país que representava a etnia originária de seu povo era torturada por homens. Enquanto isso, a presidente do Senado Adriana Salvatierra também foi obrigada a renunciar juntamente com o então Presidente Evo Morales e o Vice-Presidente Álvaro Garcia. Outro sinal de desempoderamento porque pela Constituição a ordem natural com a renúncia de Morales e Garcia seria a posse de Salvatierra se não fosse a crise instaurada por militares e a onda neopentecostal no país. Houve retrocesso no empoderamento feminino quando temos medo de sermos chamadas de "barangas" porque não apoiamos discursos que nos reduzem a cadelas que merecemos uma tigela de ração porque não somos Cinderelas como cantou MC REAÇA nas eleições. Não há empoderamento quando Dilma foi posta pra fora, mas ascenderam mulheres que ao discordarem do Presidente e de seus filhos sem condições de serem parlamentares, sofreram agressões lipofóbicas, porque precisamos ser apenas "belas" e "jovens" para os padrões que nos ditam. Não há empoderamento enquanto a crítica a Marielle for o cabelo, a orientação partidária e sexual e se esquecem que ela foi assassinada a mando do crime organizado que sustenta a política carioca por meio das milícias e que tem um Presidente da República que quer atrapalhar as investigações. Estão querendo nos calar, nos boicotar, caso não sejamos úteis ao modelo que está tornando o mundo ainda mais intolerante.

Laura

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