quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A ARTE RETÓRICA QUE FALTA

 


Eu estava na faculdade quando li A Arte Retórica e a Arte Poética de Aristóteles. Faz tempo isso e merecia uma releitura da minha parte. Tenho visto muitos colegas que se julgam bons, mas que possuem um discurso que é um misto de injúria, com personalidade anal-explosiva e traços de histrionismo/histeria. Creio que o Direito atualmente tem sofrido com essa carência de profissionais com uma base humanista mais sólida. 

Não só o Direito, mas a Política também. Vivemos a era dos sofomaníacos, em que indivíduos se especializam em se acharem muito inteligentes, mas estão na média ou abaixo dela.

Mas voltando a Aristóteles, ninguém mais quer se debruçar e entender a real "ARTE" do verbo, nem mesmo a arte de entender características da personalidade humana que vemos em A Arte Poética de Aristóteles, que pode auxiliar na compreensão de sentimentos, do ser humano e complementar a Arte Retórica.

Recentemente vi Karnal falando sobre a inveja nessas passagens rápidas de Instsgram. Ele dizia sobre a inveja e que ela vem sempre de alguém perto de você. Isso na verdade podemos encontrar na Arte Poética de Aristóteles. Ele diz que a inveja só é possível sobre alguém ou de alguém que divide o mesmo espaço, pela proximidade ou que divide o mesmo período, ou seja contemporâneos. Um intelectual de 2025 não sentirá inveja de Aristóteles. 

A Arte Retórica e a Arte Poética se complementam. Imagino que grandes oradores da história, contemporâneos de Aristóteles, dominavam as duas artes, a exemplo de Demóstenes que venceu a gagueira. E deveria ser leitura obrigatória de quem pretende persuadir com inteligência. Mas confesso que não estudo retórica. Não fui além de Aristóteles. Apenas compartilho da amizade do maior dos oradores: Exú.

Laura Berquó

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