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Adjane Ferreira |
PREZAD@S, NOVIDADE NO CASO ADJANE FERREIRA, JOVEM NEGRA QUE FALECEU NA MATERNIDADE CÂNDIDA VARGAS EM 04.10.2016. VEJAM O E-MAIL QUE RECEBI DO ESCRIVÃO DE POLÍCIA, SR. REGINALDO LEITE:
"Cara Advogada Laura Berquó, mais uma vez entro em contato com Vossa
Senhoria, agora estou lotado na Delegacia de Crimes homofóbicos Racismos
e Intolerância religiosa, onde o delegado titular é o Bacharel Marcelo
Falcone. O motivo do meu contato é para Vossa
Senhoria solicitar aos familiares da pessoa de ADJANE FERREIRA, de 29
anos de idade, jovem negra que faleceu na maternidade Cândida Vargas,
nesta Capital, comparecerem na Delegacia de Crimes Homofóbicos e
Racismo, que fica no Mercado Central, vizinho à Padaria
Bonfim, no mesmo prédio onde funciona a Delegacia do Idoso, com os
dados da vítima e do dia e horário do atendimento de Adjane, pois em sua
petição não consta endereço, nem dados dos parentes e nem de Adjane
Ferreira; Podem comparecer no horário comercial
de segunda a sexta e procurarem o delegado Marcelo Falcone. Um abraço" Reginaldo Leite
PARA RELEMBRAREM O CASO:
TEXTO DA JORNALISTA FABIANA VELOSO
"Mais vítima do racismo institucional. Adjane Ferreira morreu nesta
terça-feira de um ataque cardíaco fulminante. Grávida, ela procurou o
hospital municipal Cândida Vargas, em
João Pessoa-PB, na madrugada daquele mesmo dia, e recebeu um "carão" do
médico que disse não ser um caso de urgência e que ela deveria ter ido
para o postinho da sua região. Recebeu soro e foi liberada.
A jovem de 29 anos tinha uma saúde bastante frágil. Ela sofria de
pressão alta, diabetes, artrose e problemas da tireoides, entre outros.
Além disso, ela estava com sintomas de infarto a vários dias. E por
estar grávida necessitava de uma atenção mais especial. No entanto, não
obteve nem a atenção "normal" do sistema público, que qualquer pessoa
necessitaria ao sentir-se mal pós acioná-lo.
Curioso é que no
seu relatório de óbito nem consta que ela estava gravida. Ou seja, menos
um número no percentual de vítimas de negligência médica entre
gestantes na Paraíba.
A jovem negra, mulher pobre e relações
públicas, morreu de racismo. O mesmo racismo que faz milhares de vítimas
todos os anos no mundo, no Brasil, na Paraíba, em João Pessoa. Casos
tão tristes como o dela acontecem com a mesma frequência da hipocrisia
que acompanha políticos que dizem estar tudo bem na saúde pública, que
os usuários inventam doenças ou que fazem exames desnecessários, a
exemplo do nosso ilegítimo ministro da saúde e nosso secretário
municipal de saúde de João Pessoa."
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