quarta-feira, 8 de outubro de 2025

QUE REBUCETEIO É ESSE NO TEMPLO DE MARDUCH?

 


Há muito, muito tempo, após a morte de Tiamat, alguns dragões da Deusa, que trairam o matriarcado e passaram a integrar a Irmandade dos Anunakis da Babilônia, impuseram o patriarcado de saias naquela comunidade que já não gozava mais do mesmo prestígio do tempo dos sacerdotes de Marduch. Resolveram eleger uma líder dos dragões que na falta de saber falar, vivia arrotando fogo. Por onde passava, era queimando os integrantes da Irmandade.  Alguns temendo o poder de seu fogo fátuo resolveram, para não despertarem seus maus bofes, irem à caça de mulheres comuns. Não, esses dragões não representam Tiamat, nem se parecem com os sacerdotes de Marduch. São os dragões de São Jorge, dragões símbolo de toda força psíquica negativa que esvazia as relações sociais. Péssimas caricaturas de sacerdotes, péssimas expressões da potencialidade da Deusa, esses dragões conseguem queimar qualquer estrutura com um respiro. Mas São Jorge vendo que tinha coisa melhor pra ver na Lua, resolveu não perder tempo com gárgulas de cemitério. Essa história é real. Aconteceu há milênios. Não temos como saber como terminaram os dragões. Somente a arqueologia é capaz de dizer. Mas em breve traremos outros registros arqueológicos.


Laura Berquó

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

A FLOTILHA, O GENOCÍDIO E O 7 DE OUTUBRO

 


A FLOTILHA, O GENOCÍDIO E O 7 DE OUTUBRO


Há 04 dias a Flotilha Global Sumud foi interceptada por Israel quando levava ajuda humanitária para Gaza. Brasileiros que viajavam entre as mais de 460 pessoas se encontram presos, a exemplo da Deputada Federal Luizianne Lins (PT-CE). Não foram encontradas armas na flotilha, não foi encontrado nada que justificasse o receio para a apreensão das embarcações que não fosse somente o fato de estarem embarcadas personalidades de projeção internacional que gritariam "Palestina Livre". O que creio que falta aos extremistas é realmente confessar que concordam com crimes de guerra, contra a humanidade a depender de seus interesses ou ódios pessoais. E aqui me refiro aos que não querem ver os horrores do governo de extrema-direita de Netanyahu, que promove realmente um genocídio contra palestinos em Gaza, bem como a extrema-esquerda antissemita que normaliza ou diminui os horrores de 07.10.2023 dos sequestros, estupros, assassinatos com requinte de crueldade, torturas contra israelenses pelos terroristas do Hamas, com a justificativa que Hamas é resistência contra o "sionismo" colonizador israelense. Fosse você estuprada/o coletivamente ou tendo seu bebê queimado vivo por ser judeu ou outra etnia, não pensaria dessa forma. Há um antissemitismo disfarçado de antissionismo que tenta justificar o Hamas. 

O Estado brasileiro inclusive por meio do Ministério das Relações Exteriores lançou a Nota à Imprensa n• 438 e a Nota à Imprensa n° 476 condenando o Hamas pelos ataques terroristas e pelos sequestros de 07.10.2023. Opiniões pessoais de governantes e políticos, bem como a manipulação por bolsonaristas ofuscam o posicionamento oficial do Estado brasileiro na questão.

Não sou antissionista. Creio que os povos se autodeterminam e a comunidade internacional de Estados reconhece a existência de um Estado. Foi assim com Israel. A história do antissemitismo permeia a Europa desde o século I, bem antes do capitalismo metalista do século XV e o racismo científico inventarem o racismo contra a população negra, justificando outro crime contra a humanidade. A criação de Israel como Estado nasce dos episódios de quase dois milênios de antissemitismo que encontrou no Holocausto seu ápice. 

Inclusive não há como chamar de Holocausto Palestino o genocidio em Gaza como forma de disparar gatilhos em judeus, porque as motivações do governo de extrema-direita de Israel não são as mesmas de Hitler. A questão é que há um genocídio em Gaza. Há crimes de Guerra sendo praticados e na condição de Estado soberano na comunidade Internacional, Israel precisa cumprir regras. Não é antissionismo, nem antissemitismo dizer que Israel precisa cumprir regras. As Convenções de Genebra e seus protocolos, dentre outros documentos de Direito Internacional Humanitário e Direito Internacional Público devem ser observados. E creio que o debate no meio jurídico deveria ser jurídico, tanto por parte dos que defendem o atual Governo israelense como de antissemitas que usam o antissionismo como escudo. Se há discordância entre judeus sobre se deve ou não existir o Estado de Israel, isso é um problema deles que têm legitimidade entre eles de discordarem entre si. Não deve servir de pretexto para antissemitas, porque sem um Estado acredito que judeus estão mais vulneráveis pelo mundo. Mas não há como concordar com o genocídio em Gaza. Isso justifica a autodeterminação dos palestinos como Estado para se livrarem das violações promovidas por Israel e do próprio Hamas.

Laura Berquó

sábado, 4 de outubro de 2025

O MUNDO DO TRABALHO NA MÚSICA E NA LITERATURA




O MUNDO DO TRABALHO E A MÚSICA

Hoje trago a Greve Geral Italiana que em novembro de 1968 fez cair todo o gabinete do Primeiro-ministro italiano Giovanni Leone. Mais de 1 milhão de pessoas cruzaram os braços (ver Folha de São Paulo) . O Governo não se sustentou. Virou tema de canção no Festival de San Remo em 1970, "Chi Non Lavora, Non Fa L'Amore" de autoria de Adriano Celentano e Claudia Mori cantado pelo grupo "I Ragazzi". A canção foi a campeã do Festival de San Remo 1970. O que chama a atenção na música é a condição social dos operários, ainda predominantemente responsáveis pelo sustento da família, enquanto as mulheres cuidavam da economia doméstica. A música retrata questão de classe e de gênero." A tradução pode ser conseguida na internet.



MUNDO DO TRABALHO E A LITERATURA 


No livro "O Verão de 80", de Marguerite Duras, temos a abordagem da Greve Geral de Gdansk, na Polônia, que foi marcada para o Verão de 80. Era uma greve geral em um país comunista em que ascendeu a figura do líder sindicalista, o eletricista Lech Walesa. Criado em fins de agosto de 1980, o Sindicato Solidariedade teve que se manter na clandestinidade. Livro em que a autora aborda inclusive outras questões geopolíticas, além dos acontecimentos em Gdansk.

Laura Berquó

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

MADRAGANA: O ENCONTRO DO ORIENTE COM O OCIDENTE




Madragana: o encontro entre Oriente e Ocidente. Madragana Ben Aloandro (filha de Aloandro). Amante de Dom Afonso III de Portugal, 20 anos mais velho. Ibérica de origem judaica e árabe. Ancestral comum de vários monarcas europeus. É o encontro sanguíneo entre Oriente e Ocidente nas casas aristocráticas da Europa. Descendente de Cleópatra. Aproximadamente uma distância de 22 gerações. No Brasil seus descendentes se espalharam com a vinda de Martim Afonso de Souza em 1532 e Duarte Coelho em 1535. A bela Madragana se converteu ao catolicismo sendo apadrinhada pelo ex-Amante passando a se chamar Mor Afonso (Maior Afonso). Casou-se com outro homem de quem também deixou vasta descendência. Antigamente, muitas mulheres de origem nobre se tornavam amantes de reis como forma de proteção sem que isso prejudicasse enlaces futuros. Madragana nasceu no século XIII, em Portugal. Foi uma mulher de seu tempo. Mas o que realmente chama a atenção é seu sangue judeu e mouro correndo na aristocracia europeia e na elite falida portuguesa e cristãos-novos que vieram colonizar o Brasil, formando muitas elites políticas locais. No Brasil, os descendentes mais ilustre foram Tiradentes e Ayrton Senna. 

Laura Berquó

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

QUAL A CAUSA OFICIAL DA MORTE DE ADRIANA DE PAIVA RODRIGUES?

 






QUAL A CAUSA OFICIAL DA MORTE DE ADRIANA DE PAIVA RODRIGUES? 


Primeiramente, como o crime de racismo é imprescritível, iremos pedir instauração de inquérito policial para apurar o racismo contra Adriana pela Direção do Presidio Maria Júlia Maranhão, vulgo Inferno Bom Pastor. Adriana era tratada como "macaca", "preta safada:, etc. Embora possam alegar que em 2012/2013 injúria racial não era tido como crime de racismo, as agressões verbais somadas a outros tratamentos simultâneos como os espancamentos, torturas, podem sim ser caracterizados tranquilamente como racismo. Também vamos requerer instauração de inquérito suplementar ao Processo n 0002417-83.2013.815.2003. Conforme podem ver, a ANOREG-PB  informou não haver registro do óbito de Adriana. A Direção do Presidio informa não ter certidão de óbito, apenas 1 declaração de óbito. Lembrando que o Estado cuidou do enterro. A tal sindicância a que a Direção do Presidio se refere no documento, é a sindicância fajuta realizada pela SEAP/PGE, que logicamente não iria atestar as torturas de presas e a causa da morte de Adriana, por 3 razões: a sindicância é um show de incoerências; a intenção da sindicância foi promover assédio processual contra mim e outra Conselheira de DH; sem certidão de óbito, sem a causa oficial da morte, atestada por um médico, nem a sindicância, nem o inquérito poderiam ter tanta certeza do suposto suicídio. Os processos criminais contra Adriana foram arquivados sem sabermos se houve a extinção da punibilidade pela sua morte ou outra causa. Adriana de Paiva Rodrigues, "suicidada" no Inferno Bom Pastor foi enterrada sem certidão de óbito no Cristo. Assassinada após outra sessão de tortura, mas dada como "suicidada", encontrando-se no isolado, onde só podia usar calcinha e sutiã. A vítima teve fraturas em vértebras do pescoço, que coincide com o testemunho de presas, de que Adriana teria tido o pescoço quebrado em mais uma sessão de tortura. Mesmo com o contato de familiares da vítima, Adriana seria enterrada como indigente 03 dias após sua morte com o nome de Creusa. Após o enterro, instauraram a sindicância fajuta que o MPPB e o TJPB dizem ser regular. 

AS SANTAS INOCENTES DA PARAÍBA: 102 ANOS DO SUPLÍCIO DE FRANCISCA MARTA

 





As Santas Inocentes da Paraíba: 102 anos do suplício de Francisca Marta

 

 

Como devota das meninas Francisca Marta e Maria de Lourdes, duas meninas paraibanas que foram torturadas e vieram a falecer, venho falar das semelhanças que unem essas duas histórias, já que dia 11.10.2025 completa 102 anos do suplício de Francisca Marta que foi morta em 11.10.1923, em Patos (sertão paraibano), após uma sessão de surra dada por sua patroa Domila Emerenciano. Seu corpo foi deixado sobre umas pedras em área na saída da cidade sobre a qual hoje temos a sua capela. O corpo foi depositado ali pelo marido de Domila, Absalão. Já Maria de Lourdes, natural de Teixeira (Paraíba) foi assassinada depois de uma sessão de espancamento por 04 policiais (Polícia de Menores), aqui na capital em um sábado de 1965. Seu túmulo já era visitado na década de 1960, porque foram atribuídos vários milagres à menina Lourdinha. A morte trágica de crianças sempre sensibiliza a população e ao mesmo tempo inconscientemente acreditamos no perdão e por isso recorremos ao espírito dessas almas que teriam tudo para serem atormentadas para aliviarmos o peso da nossa própria existência. Mas o que há em comum também entre Francisca Marta e Maria de Lourdes é que ambas eram exploradas e de origem muito pobre. A mão de obra, o trabalho infantil, a violência decorrente do vínculo doméstico e patronal são características que marcaram e ainda marcam a existência de crianças miseráveis. Segundo pude colher, a menina Maria de Lourdes, de aproximadamente 13 anos, foi espancada à pauladas, por ter sido acusada pela patroa de ter furtado joias da família, que seriam encontradas dias após o óbito de Lourdinha. Na verdade, a patroa havia guardado as joias e não recordava o local. Já Francisca Marta, a quem se atribui milagres até nos EUA nos anos 1960, tinha entre 08 a 12 anos e foi entregue ao casal pelos pais por conta da seca e da fome. Incrível como em Campina Grande temos uma rua em homenagem ao Absalão. Quem quiser saber mais sobre o caso de Francisca Marta, e o processo tumultuado, pode ler a obra de Biu Ramos "Os Crimes Que Abalaram a Paraíba". No caso de Lourdinha houve expulsão dos policiais da Polícia Civil, segundo relatos de populares que visitam o túmulo, mas se abafou o nome da família abastada do bairro de Jaguaribe. O túmulo de Lourdinha, localizado próximo à entrada do Cemitério Senhor da Boa Sentença na capital paraibana é visitada por vários fiéis que agradecem as graças alcançadas. Eu também pedi a minha graça. Vamos aguardar! enquanto isso se lê no túmulo de Lourdinha: "Pede orações e perdoa seus algozes"

Laura Berquó


VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL DE GÊNERO







https://www.instagram.com/reel/DPPnamdiWK6/?igsh=MWx1eWswbGJmbGg2eg==


 Este vídeo é de 2023.

Aqui estamos em evento da Secretaria Municipal de Miulheres e compareci a pedido do Babalorixá José Erivaldo D'Oxum. Estou como mulher de Candomblé e advogada e denuncio violência institucional contra mulheres na Paraiba. O vídeo trata de violência de gênero.

Sem filtros.


Errata: Corrigindo: "Yalorixá Mãe Érica de Oxum" e onde falo "prisão em flagrante " é prisao preventiva. O presídio Bom Pastor é a Penutenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão.