Eu sou uma mulher de 39 anos que cheguei aqui às vésperas de uma eleição
presidencial e durante esses dias busquei expor em alguns grupos da
UFPB em que faço parte, e para alguns colegas as violações de Direitos
Humanos que venho sofrendo por um governo estadual de esquerda. Não
significa dizer que eu seja de Direita ou de Esquerda. Significa que EU
SOU VÍTIMA. Eu muitas vezes me senti desprezada por muitos colegas
porque do contrário que pregam muitas vezes quando defendem a
diversidade de seres humanos, eu me senti muitas vezes excluída por não
ser igual em alguma coisa a vocês colegas, fosse no modo de pensar ou seja lá o que
fosse, porque muitas vezes no meio acadêmico se exige uniformidade.
Eu percebo que há uma padronização no pensar e naquilo que se convencionou apontar como algozes e vítimas de violações de direitos e os meus algozes não são vistos como algozes para muitos dos meus colegas. Eu queria chamar atenção para o fato de que cada ser humano traz a sua história que é o seu maior patrimônio e eu trago a minha história e a da minha ancestralidade. Eu trago o meu temperamento que para nossa sociedade machista é muitas vezes tido como descontrolado e sou apontada como louca, quando a mesma postura é admissível em homens de garra, firmes, mas minhas falas são olhadas atravessadas e em especial minhas denúncias, impressões minhas corroboradas pelos olhares incrédulos de muitas colegas professoras que muitas vezes não se dão conta quando narro as histórias que vivenciei na prática e as que ainda vivencio. Eu vou continuar falando. Eu vou continuar falando para colegas incrédulos, que julgam algozes com a benevolência de suas cores partidárias e me tomam como alienada com seus silêncios, falta de solidariedade e sororidade. Eu só quero informar que todos e todas construimos a nossa história e as perseguições que sofro, a maior parte ainda vem do tempo em que fui Conselheira Estadual de Direitos Humanos. Eu não sou uma oca. Eu não matei ninguém e escondi meu crime com inquérito forjado, não desviei dinheiro público para me eleger, não explodi bancos, não tráfico drogas nem armas. Eu vivo a realidade da minha história que não é fácil, é de luta.
Eu percebo que há uma padronização no pensar e naquilo que se convencionou apontar como algozes e vítimas de violações de direitos e os meus algozes não são vistos como algozes para muitos dos meus colegas. Eu queria chamar atenção para o fato de que cada ser humano traz a sua história que é o seu maior patrimônio e eu trago a minha história e a da minha ancestralidade. Eu trago o meu temperamento que para nossa sociedade machista é muitas vezes tido como descontrolado e sou apontada como louca, quando a mesma postura é admissível em homens de garra, firmes, mas minhas falas são olhadas atravessadas e em especial minhas denúncias, impressões minhas corroboradas pelos olhares incrédulos de muitas colegas professoras que muitas vezes não se dão conta quando narro as histórias que vivenciei na prática e as que ainda vivencio. Eu vou continuar falando. Eu vou continuar falando para colegas incrédulos, que julgam algozes com a benevolência de suas cores partidárias e me tomam como alienada com seus silêncios, falta de solidariedade e sororidade. Eu só quero informar que todos e todas construimos a nossa história e as perseguições que sofro, a maior parte ainda vem do tempo em que fui Conselheira Estadual de Direitos Humanos. Eu não sou uma oca. Eu não matei ninguém e escondi meu crime com inquérito forjado, não desviei dinheiro público para me eleger, não explodi bancos, não tráfico drogas nem armas. Eu vivo a realidade da minha história que não é fácil, é de luta.
Laura
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