domingo, 4 de junho de 2017

CASO LAR DO GAROTO: JOGO DE EMPURRA - EMPURRA

Prezad@s, a situação do Lar do Garoto mostra o que já sabemos: que a FUNDAC não sabe administrar e que o Judiciário apesar da nota lançada parece que agiu na tentativa de eximir de responsabilidade um colega nesse jogo de empurra. Não posso falar no que tange aos juízes e juízas que trabalham nas Varas da Infância, mas no que tange ao sistema prisional sempre tivemos juízes omissos (vejam o caso das torturas do Bom Pastor quando a própria Folha de São Paulo e DEPEN descreviam ainda em 2012 a situação de uma apenada que veio a ser "suicidada" (instigada ao suicídio após um ano de sessões de tortura e racismo institucional). O Ministério Público também nesse período tinha um promotor a frente de uma das Varas de Execuções Penais que além de conservador, era apontado por mulheres de apenados e por albergadas como assediador e recentemente, apesar de abafado, foi descoberto como assíduo frequentador e apostador de rinhas de galo. O Estado da Paraíba por sua vez tem um governo comprovadamente conivente com a tortura conforme já dito diversas vezes em meu blog e em meu facebook. Muitas foram as denúncias diminuídas e abafadas que fizemos e a perseguição a minha pessoa a mando do governo do Estado. Por isso não me espanta a nota lançada pelo Governo do Estado em chamar os Juízes da Infância de hipócritas (foi assim que interpretei. Vão me processar por isso também?) por conta da nota emitida pela Associação dos Magistrados. O Poder Judiciário saberá o que fazer caso seja verdade que alertou por diversas vezes a FUNDAC e o Governo do Estado. Esperam que não tenham tido a mesma postura omissa de alguns magistrados em algumas situações mas que também, posteriormente, passaram a atender nossos apelos quando acionados. Quanto a mensagem de whatssap passada de véspera pelo colega Noaldo Meirelles ao juiz da Vara da Infância de Campina Grande, eu lamento mas sinceramente, não se pode administrar por meio de mensagens de whatsapp. Se fosse um cidadão qualquer, mas investido do cargo de presidente da FUNDAC, com certeza uma mensagem de zap na véspera do ocorrido não elide a responsabilidade da gestão quando se tem já um quadro complicado a ser administrado e que expia cuidados. O São João em Campina Grande ocorre todos os anos. A apreensão de menores também. A Paraíba só faz evoluir na violência, no aumento do tráfico de drogas que financia campanhas eleitorais e explosões aos bancos também com essa finalidade e que tem a frente deputado da base do governo. Complicado falar em jovens em situação de risco quando todo o Estado se encontra a mercê e entregue não só a tráfico de drogas que elege políticos mas também à violência invisível que só e denunciada por estatísticas e movimentos ligados à causa como o genocídio da juventude negra no nosso Estado. Também não podemos denunciar essas coisas porque corremos o risco de mais processos (o "fascismo" de esquerda também existe). A grande dificuldade que percebi quando no CEDH é a dificuldade que tem a atual gestão do Estado e seus integrantes de ouvirem críticas. Também lamento o silêncio de um militante que conheci e se lançou candidato a vereador, ávido para criticar a gestão anterior da FUNDAC para conseguir tirar votos na campanha de uma vereadora em João Pessoa (apenas por isso mesmo) e hoje se cala. Não é com mensagem de zap que se administra. Infelizmente. Também não acredito nas sindicâncias do Estado da Paraíba. Você chega lá pra denunciar, pedir que se apure e sai processada. Nesse jogo de empurra entre Judiciário e Executivo só quem não perde é o governo que rende homenagem aos mortos mas na verdade não está nem aí. O problema da superlotação é antiga e por isso também é previsível. O Judiciário é moroso. E vai continuar ainda mais moroso com as perseguições desse governo por meio de processos que inventam contra seus críticos. Se o Judiciário demora em apreciar pedidos não exime o Executivo em pensar em outras alternativas. É pra isso que é gestor ou não?

Laura

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