segunda-feira, 26 de junho de 2017

PÉROLA NEGRA DO MÊS DE JUNHO DE 2017: ANA BEATRIZ DUARTE

Bela Bia!

Nossa Pérola Negra Junina ...

.... do Carnaval também

Guerreira de causas sem trégua

Escorpiana

Realizada

Que Deus abençoe nossa bela Pérola

Nos caminhos da vida e das lutas

abençoada por Iemanjá

Guerreira
PREZAD@S, ESTOU VOLTANDO A PUBLICAR MENSALMENTE AS NOSSAS PÉROLAS NEGRAS. CONHEÇAM TODA A GARRA, BELEZA E ESPLENDOR DA NOSSA PÉROLA JUNINA: ANA BEATRIZ DUARTE, NOSSA QUERIDA BIA! AINDA IREI COLOCAR A AUTORIA DAS FOTOS!


"Meu nome é Ana Beatriz Duarte. Tenho 38anos. Negra. Do signo de escorpião. Sou decoradora de eventos. Estudante de design de interiores. Religião: Deus. Entrei pra militância LGBT aos 18 anos ainda muito nova e não tinha muita experiência, mas sempre procurei militar e ajudar a construir uma sociedade igualitária. Aos 28 anos assumi minha identidade de gênero definitivamente, pois não me sentia completa migrando para o seguimento T. Hoje sou coordenadora da ASTRALP . Sou negra com sangue indígena e espanhol, mas me identifico como negra, pois sinto o prazer de ser, tenho orgulho e pena porque meus belos cabelos não são tão crespos como eu queria. Amo minha profissão trabalhando com festas, realizando sonhos, criando o imaginário, imprimindo o que só a mente pode ver. Realizo-me, sinto o gosto do prazer, são18 anos de profissão e agora estou estudando para aprimorar e me especializar em cenografia para fazer os sonhos se realizarem. Quando vejo uma mãe ou uma noiva impactada com sua festa isso sim é meu pagamento. Saber que superei as expectativas me emociona". Bia

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O MOTIVO DA MINHA "DESELEGÂNCIA"


FUI CHAMADA DE DESELEGANTE. SEGUNDO A MAGISTRADA O CARTÓRIO DA 2º VARA CRIMINAL ESTÁ, DIGAMOS, INCOMODADO COMIGO POR CONTA DO FATO DE TER DENUNCIADO AS AMEAÇAS QUE SOFRI NA AUDIÊNCIA DO DIA 26.03.2017. A MAGISTRADA FOI COMUNICADA POR ALGUÉM DO FÓRUM QUE NA AUDIÊNCIA DE HOJE TERIA QUE TER CUIDADOS POR CONTA DO QUE ANDEI RECLAMANDO NA AUDIÊNCIA ANTERIOR. ORA, UMA PESSOA AMEAÇADA DEVE "ELEGANTEMENTE" FICAR QUIETA E TOMAR PROVIDÊNCIAS DEPOIS. EU NÃO ENTENDO ESSE JUÍZO DE VALOR POR PARTE DE MEMBROS DA JUSTIÇA "POR OUVIR" DIZER SOBRE CONFUSÕES SEM AO MENOS PROCURAR SABER DO QUE SE TRATA. O PROBLEMA É QUE EU CHAMEI A POLÍCIA NO DIA. CIDADÃO QUE RECLAMA SEUS DIREITOS É DESELEGANTE. DESELEGÂNCIA É VER DECISÃO CONDENANDO PESSOAS POR CALÚNIA, COMO LÁ EM ALAGOINHA, QUANDO O PRÓPRIO JUÍZO RECONHECE QUE NÃO HOUVE CALÚNIA MAS COMO A SUPOSTA VÍTIMA É UMA JUÍZA CONHECIDA POR EXCESSOS VALE O CORPORATIVISMO. ISSO É DESELEGÂNCIA DO JUDICIÁRIO. DESELEGÂNCIA É SABER QUE TEM MAGISTRADO QUE DEVE FAVOR AO GOVERNADOR QUE LIVROU SEU FILHO OFICIAL PM EM PERNAMBUCO DE PERDER A FARDA E AGORA LIVRA O PRÓPRIO GOVERNADOR DE CASSAÇÃO. DESELEGÂNCIA É VOCÊ TER UM EX-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE TEM AMIZADE COM O GRUPO DO DEPUTADO DODA DE TIÃO QUE EXPLODE BANCOS NA PARAÍBA. DESELEGÂNCIA É A CORREGEDORIA DO TJPB NÃO PUNIR POR COLEGUISMO JUÍZA ARBITRÁRIA QUE HUMILHA PROFESSORAS E DESARMA POLICIAIS. DESELEGÂNCIA É UM PODER JUDICIÁRIO QUE VÊ UM GESTOR DESCUMPRIR DECISÕES JUDICIAIS MAS SE CALA, AGACHADO COM MEDO DOS DOSSIÊS VIREM A TONA. ISSO É DESELEGÂNCIA. E TENHO BOCA PRA FALAR. E O DIREITO DE TORNAR PÚBLICO ISSO, AINDA QUE INVENTEM QUE FIRO A HONRA DE ALGUÉM QUE SE ESCONDE NESSE ARGUMENTO PARA NÃO RESPONDER PELAS DESGRAÇAS DESELEGANTES QUE COMETE NA VIDA ALHEIA E DA SOCIEDADE.

LAURA

CASO DOM ALDO: AUDIÊNCIA DE DIEGO X LAURA E O TESTEMUNHO DE PÂMELA

PREZAD@S, HOJE FOI A AUDIÊNCIA DO CASO DIEGO LIMA X LAURA EM QUE EU SOU PROCESSADA POR TER DITO QUE DIEGO É UM DOS RESPONSÁVEIS PELA CARTA ASSINADA POR DONA MARIANA. HOJE ENTENDI PORQUE SEMPRE SOU OLHADA MEIO TORTO NO CARTÓRIO DA 2ª VARA CRIMINAL. A MAGISTRADA QUE HOJE PRESIDIU A AUDIÊNCIA DISSE QUE EU ASSIM COMO A OUTRA PARTE NOS COMPORTAMOS DE FORMA DESELEGANTE. DEVE TER SIDO PORQUE FUI AMEAÇADA POR PESSOAS DA COMITIVA DO QUERELANTE E DENUNCIEI ISSO NA HORA QUANDO EU DEVERIA TER ME CALADO COMO BOA MOÇA EDUCADA. O MAIS INTERESSANTE É QUE A EXCEÇÃO DA VERDADE CONTRA DIEGO LIMA NÃO FOI ACEITA EM QUE PESE EU TER JUNTADO VÁRIOS DOCUMENTOS PORQUE JÁ FUI PELO ENTENDIMENTO DE DR. TÉRCIO PRATICAMENTE CONDENADA PELOS CRIMES QUE ME FORAM IMPUTADOS. MAS O QUE ME DEIXA MAIS DECEPCIONADA COM ESSE JUDICIÁRIO QUE REPROVA PESSOAS COMO EU QUE DENUNCIO, NOS TAXANDO DE DESELEGANTES É QUE AS COISAS NEM SEMPRE SÃO CONDUZIDAS DA MELHOR FORMA E NÃO PODEMOS RECLAMAR SOB PENA DE DESACATO. A TESTEMUNHA DE DEFESA PÂMELA BÓRIO FOI QUESTIONADA PELO ADVOGADO (IARLEY MAIA) SE CONHECIA A CARTA DE DONA MARIANA QUE FOI O VERDADEIRO MOTIVO DA QUEDA DE DOM ALDO. ELA DISSE QUE NÃO. ENTÃO O ADVOGADO DA SUPOSTA VÍTIMA QUE POR SINAL ERA VISTO TAMBÉM NA GRANJA FALANDO MAL DA HONRA DE DOM ALDO E DE OUTROS PADRES (CONFORME DEPOIMENTO DE PÂMELA, DOM ALDO E OUTRAS PESSOAS ERAM CHAMADOS POR DIEGO LIMA E O GRUPO FORMANDO TAMBÉM PELOS ADVOGADOS IARLEY E YURI (DA PBPREV DE VIADÃO, GAYZÃO E ETC) COMEÇOU A FOLHEAR OS AUTOS ATRÁS DA TAL CARTA QUE EU INSISTO EM DIZER QUE FOI FORJADA. NESSE MOMENTO A MAGISTRADA INFORMOU AO ADVOGADO QUE DESLIGARIA A CÂMARA QUE FAZIA A GRAVAÇÃO. POIS FOI NESSE PERÍODO QUE A TESTEMUNHA PÂMELA RECONHECEU QUE AS EXPRESSÕES ATRIBUÍDAS CONTRA DOM ALDO NA CARTA COMO "DOM TREPA" DENTRE OUTRAS ERA FALADA PELO CÍRCULO QUE EU APONTO COMO VERDADEIROS AUTORES DA TAL CARTA, ISSO BEM ANTES DA DIVULGAÇÃO DA TAL CARTA. PÂMELA TERIA OUVIDO ESSAS EXPRESSÕES ANTES DA ARMAÇÃO DA CARTA. EU DIGO E REPITO QUE A QUEDA DE DOM ALDO E A CARTA ASSINADA POR DONA MARIANA FORAM ARMADAS POR DIEGO LIMA, IARLEY MAIA, PADRE LUIZ ANTÔNIO. TANTO DIEGO COMO IARLEY NA CONDIÇÃO DE AMIGO DESTE FREQUENTAM A GRANJA, ONDE SEGUNDO A TESTEMUNHA PÂMELA OUTRAS PESSOAS GRANDONAS DO ESTADO NA FRENTE DE DOM ALDO ERAM UMA COISA E POR TRÁS QUERIAM LASCÁ-LO. EU NÃO SOU DESELEGANTE. O PROBLEMA É QUE A VERDADE NÃO É BONITA E COMENTANDO COM O PROMOTOR A RESPEITO DO FATO DE TER LEVADO A ARMAÇÃO DO PROCEDIMENTO DO MPT AO CONHECIMENTO DO MPF, O MESMO ME PERGUNTOU O PORQUÊ E EU RESPONDI QUE FOI PORQUE QUEM ALIMENTAVA A TAL INVESTIGAÇÃO ERA DIEGO LIMA AUTOR DA CARTA JUNTAMENTE COM IARLEY MAIA QUE SEGUNDO PESSOAS ME CONFIRMARAM TEVE UM RELACIONAMENTO AFETIVO COM O PROCURADOR DO TRABALHO. AÍ A MAGISTRADA ME CORTOU DIZENDO QUE EU ERA DESELEGANTE PORQUE FALEI A VERDADE. QUE FALASSE EM OUTROS TERMOS. MAS COMO FALAR EM OUTROS TERMOS QUE ALGUÉM NAMORA COM OUTRA PESSOA? EU QUERO SABER SE NO MEU INTERROGATÓRIO VOU PODER DIZER TUDO QUE SEI OU SE SEREI CERCEADA NO MEU DIREITO AO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA PORQUE ESTOU "SENDO DESELEGANTE". OUTRA COISA, VOU RECORRER DO INDEFERIMENTO DA EXCEÇÃO DA VERDADE. HÁ MUITO NÃO CONFIO NO JUDICIÁRIO PARAIBANO MAS HÁ COISAS QUE SÃO GRITANTES E VOU ATÉ O FIM. SOBRE O QUE PÂMELA AFIRMOU, APESAR DA GRAVIDADE NEM O MEMBRO DO PARQUET SE INTERESSOU EM PERGUNTAR SOBRE AS EXPRESSÕES E A LIGAÇÃO COM A PESSOA DO QUERELANTE E DE SEU ADVOGADO NEM A JUÍZA PERGUNTOU E QUANDO CHAMEI A ATENÇÃO PRA ESSE FATO IMPORTANTE JÁ QUE ESTAVA DESLIGADA A CÂMARA NA HORA EM QUE ELA IDENTIFICOU TAIS EXPRESSÕES, SIMPLESMENTE DISSE QUE NÃO SERIA MAIS POSSÍVEL. CLARO JÁ HAVIA PASSADO A MINHA VEZ DE PERGUNTAR E QUEM TEVE A FELICIDADE DE MOSTRAR A CARTA PARA A TESTEMUNHA FOI O ADVOGADO DE DIEGO E TAMBÉM PARTÍCIPE DESSE PLANO SÓRDIDO, QUE LOGO DEU UM JEITO DE MUDAR DE ASSUNTO PORQUE VIU QUE SERIA UM TIRO NO PÉ. O QUE PERCEBO É QUE OS TENTÁCULOS DO GOVERNO E DE SEUS AGREGADOS DOMINAM O JUDICIÁRIO. OUTRA COISA GRAVÍSSIMA. O SR. JAILTON PAIVA QUE ARRUMOU A MUNIÇÃO QUE MATOU BRUNO ERNESTO FOI AO FÓRUM CRIMINAL SER TESTEMUNHA EM PROCESSO E APROVEITOU E ESTAVA FILMANDO A MIM, DONA MARIA EDILENE E PÂMELA BÓRIO. PARA QUE ELE QUER AS IMAGENS EU NÃO SEI. HOJE PELA PRIMEIRA VEZ VI AO MESMO TEMPO A PESSOA QUE CONTACTOU O PISTOLEIRO QUE TIROU A VIDA DE BRUNO ERNESTO E A PESSOA QUE ARRUMOU A MUNIÇÃO. O MEU INTERROGATÓRIO SERÁ DIA 08.08.2017 E ESPERO NÃO SER TOLHIDA EM NOME DA ELEGÂNCIA, MAS CONSIDERANDO O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
LAURA

segunda-feira, 19 de junho de 2017

MORTE DO MÉDICO WALDIR PEDROZA AMORIM: A VULNERABILIDADE DE NOSSOS IDOSOS

Foto do médico Waldir Amorim
PREZAD@S, ESTOU CHOCADA COM O SUICÍDIO DO MÉDICO WALDIR PEDROZA DIAS AMORIM POR DUAS RAZÕES: PELO SOFRIMENTO QUE ELE EXPÕE EM MENSAGEM ANTES DE FALECER (NO DIA 18.06.2017), AOS 68 ANOS, E PORQUE ELE ERA MÉDICO DE MINHA MÃE, QUE SEGUNDO ELA "ELE ERA UMA PESSOA TÃO BOA, UM ÓTIMO PROFISSIONAL, RESPEITADOR, PACIENTE...". ESPERO QUE A FAMÍLIA SEJA RECONFORTADA, MAS SUGIRO QUE PEÇA QUE À DELEGACIA DO IDOSO PARA QUE SE INVESTIGUE A POSSIBILIDADE DE VÁRIOS CRIMES QUE POSSAM TER SIDO PRATICADOS CONTRA ELE: DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA, AGRESSÕES VERBAIS E FÍSICAS TRATADOS PELO ESTATUTO DO IDOSO, APENAS PARA CITAR OS MAIS FÁCEIS DE SEREM IDENTIFICADOS. LEIAM O DOCUMENTO NO BLOG DE LENILSON GUEDES: https://osguedes.com.br/medico-deixou-mensagem-acusando-suposta-esposa-de-golpe/

LAURA

“Doutora Delegada do Idoso. Defendam o idoso e filtrem a Delegacia da Mulher, que recebe casos sem filtro de toda parte feminina. Sou vítima de um destes; minha consciência e rigidez me fará (sic) pagar com a vida, com minha consciência e com a minha idoneidade que sempre tive e assumi junto ao profissionalismo diante da comunidade de toda a Paraíba e do Brasil. Foram longos anos de probidade e um legado humano e médico em favor dos meus clientes de qualquer parte. Tive filhos, ex-esposa e agregados, em favor da ética. Etsa traduz-se nos meus filhos, ex-esposa e agregados. Nunca visamos o lucro de qualquer espécie, senão tratar o ser humano como tal, com proficiência e integridade. Vejo-me diante de um quadro kafkiano. As primeiras prerrogativas de agressão à mulher são falhas no sentido de que não agredi; defendi-me o quão levemente de uma ação coercitiva da mulher Tatianne Mendes Lomonaco, com a qual tivera um relacionamento amoroso, fugaz, pois havia terminado. Esta Tatianne, que não desejava considerar-me namorado, mas marido, com união estável, o que lá lhe aprouvesse, desde o início. Não percebi a artimanha há bom tempo, senão com o passar das rusgas e da minha fragilidade. Sim, nós homens e especialmente idosos somos frágeis e vulneráveis. Minha primeira atitude frente a encher-me de bens que não eram meus, comuns, foi devolver-lhe através do meu filho.
Passei por muitas provas confusas na relação. A primeira foi de pensá-la como uma mulher desequilibrada e constatar com sua psicoterapeuta, e esta dizer que há mais de um ano não era sua terapeuta. Médicos preferem às vezes compreender situações antes de julgá-las. Pensei na sua relação com um pai alcoolista e sua fixação em mim como indivíduo idealizado por ter-me conhecido, sem que a percebesse, como o médico do seu ex-sogro, nominado e notável médico gineco-obstetra. Foram anos em que me assediava no consultório ou através do aplicativo Messenger e outras incursões como dizer que eu gostava de Cravo (música renascentista) e deixar-me DVD do filme Amadeus, Mozart. Culminou por ir ao meu consultório e pedir-me para faser sexo consigo no próprio consultório. Na minha vida de clínico nunca assenti ceder ao assédio de paciente e congêneres. Para mim, uma questão ética, mesmo ela nunca havia sido minha paciente mas ex-esposa de um aluno meu, a quem o pai fora meu paciente numa difícil situação. Os assédios eletrônicos não pararam.
Num determinado ano e dia de rompimento da minha relação conjugal, assenti encontrar-me com ela num motel. Daí em diante minha vida transformou-se, com esta querendo considerar-se minha mulher, enchendo meu kitinete de roupas e utensílios e eu os devolvendo, como já referi. Me aprontou todas – escândalos, quebra de objetos de arte, quebra do meu computador Mac, enterrar minhas chaves do carro num vaso de plantas, entre outras agressões verbais e físicas. Minha fragilidade humana me fez suportar denúncias descabidas na Delegacia da Mulher, quando, de fato, ela era o agente coator e provocador. Valendo-se de possuir tez muito branca, e sensível a hematomas, me processou e fez análise de corpo delito como sendo eu o provocador e, vejam, alguns dias após o supostamente acontecido. Na segunda vez, agora graciosamente, ligou para a Delegacia e fomos conduzidos à Delegacia da Mulher sem que qualquer fato ocorresse da minha parte, fato presenciado por todos os policiais civis e por minha diarista Claudiana Firmino da Silva, arrolada por mim como testemunha, mesmo sendo uma pessoa por ela indicada para este ofício. O que antes houvera de anormal fora discutir sobre um pacto pré-nupcial por escrito, já que falavam mundos e fundos da sua riqueza e eu acostava-me em minha condição de aposentado, trabalhando duramente, dignamente, para sobreviver, no único ofício que bem desempenho, que é a medicina clínica. Desde que a Delegacia da Mulher, em seus legítimos preceitos, me impôs afastar-me do apartamento que aluguei e pago com meus parcos vencimentos, não comuniquei-me com a Tatianne; ao contrário. Venho recebendo constantes chamadas telefônicas e por Shats App, venho recebendo mensagens provocativas, de cunho sexual, e outros. Assumi, no mínimo constrangido e desrespeitado, vítima de um golpe de uma mulher específica contra o ser humano idoso que sou sem nunca haver tido um olhar à prática discriminativa à mulher ou quem quer que seja em toda a minha vida.
Tenho 68 anos e farei 69 em novembro, com muito orgulho de ser uma pessoa pacata, sem antecedentes criminais e devotado em meu ofício de médico e professor de Medicina, e especialmente aos meus clientes públicos ou privados, ao ser humano em sua integralidade. Considero-me vítima de um golpe que atenta contra a dignidade humana. Compareci a todos os julgamentos oriundos da minha primeira intimação. Resisto e acuso a pessoa de Tatianne Mendes Lomonaco por apossar-se de meus bens e moradia para tal fim, numa atitude peremptória de tirar proveito pessoal. Minha vida não me pertence mas a responsabilizo diante de tudo o que possa restar, em termos de coerção, provocação e atos moral e psicologicamente ilícitos contra a minha pessoa, assim como responsabilizo sua família, conivente com o mal-estar social que os seus agressores provocam em seus ditos e acatados descontroles pessoais. Mantê-los distantes ou à mercê de alguém é, além de um ato de desamor, de irresponsabilidade. Tatianne Mendes Lomonaco justificou-me as últimas agressões que me fez por encontrar-se drogada. Toda a sua família é consciente do fato e da pessoa que ela representa no plano psico-familiar e social. Sua mãe sua cunhada estiveram no meu apartamento e não são inocentes quanto à condição de Tatianne Mendes Lomonaco. Eu, certamente, fui o último a ter consciência e a iludir-me em ajudá-la. Talvez hoje eu perca a vida…Waldir Pedrosa Dias de Amorim”.
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“Doutora Delegada do Idoso. Defendam o idoso e filtrem a Delegacia da Mulher, que recebe casos sem filtro de toda parte feminina. Sou vítima de um destes; minha consciência e rigidez me fará (sic) pagar com a vida, com minha consciência e com a minha idoneidade que sempre tive e assumi junto ao profissionalismo diante da comunidade de toda a Paraíba e do Brasil. Foram longos anos de probidade e um legado humano e médico em favor dos meus clientes de qualquer parte. Tive filhos, ex-esposa e agregados, em favor da ética. Etsa traduz-se nos meus filhos, ex-esposa e agregados. Nunca visamos o lucro de qualquer espécie, senão tratar o ser humano como tal, com proficiência e integridade. Vejo-me diante de um quadro kafkiano. As primeiras prerrogativas de agressão à mulher são falhas no sentido de que não agredi; defendi-me o quão levemente de uma ação coercitiva da mulher Tatianne Mendes Lomonaco, com a qual tivera um relacionamento amoroso, fugaz, pois havia terminado. Esta Tatianne, que não desejava considerar-me namorado, mas marido, com união estável, o que lá lhe aprouvesse, desde o início. Não percebi a artimanha há bom tempo, senão com o passar das rusgas e da minha fragilidade. Sim, nós homens e especialmente idosos somos frágeis e vulneráveis. Minha primeira atitude frente a encher-me de bens que não eram meus, comuns, foi devolver-lhe através do meu filho.
Passei por muitas provas confusas na relação. A primeira foi de pensá-la como uma mulher desequilibrada e constatar com sua psicoterapeuta, e esta dizer que há mais de um ano não era sua terapeuta. Médicos preferem às vezes compreender situações antes de julgá-las. Pensei na sua relação com um pai alcoolista e sua fixação em mim como indivíduo idealizado por ter-me conhecido, sem que a percebesse, como o médico do seu ex-sogro, nominado e notável médico gineco-obstetra. Foram anos em que me assediava no consultório ou através do aplicativo Messenger e outras incursões como dizer que eu gostava de Cravo (música renascentista) e deixar-me DVD do filme Amadeus, Mozart. Culminou por ir ao meu consultório e pedir-me para faser sexo consigo no próprio consultório. Na minha vida de clínico nunca assenti ceder ao assédio de paciente e congêneres. Para mim, uma questão ética, mesmo ela nunca havia sido minha paciente mas ex-esposa de um aluno meu, a quem o pai fora meu paciente numa difícil situação. Os assédios eletrônicos não pararam.
Num determinado ano e dia de rompimento da minha relação conjugal, assenti encontrar-me com ela num motel. Daí em diante minha vida transformou-se, com esta querendo considerar-se minha mulher, enchendo meu kitinete de roupas e utensílios e eu os devolvendo, como já referi. Me aprontou todas – escândalos, quebra de objetos de arte, quebra do meu computador Mac, enterrar minhas chaves do carro num vaso de plantas, entre outras agressões verbais e físicas. Minha fragilidade humana me fez suportar denúncias descabidas na Delegacia da Mulher, quando, de fato, ela era o agente coator e provocador. Valendo-se de possuir tez muito branca, e sensível a hematomas, me processou e fez análise de corpo delito como sendo eu o provocador e, vejam, alguns dias após o supostamente acontecido. Na segunda vez, agora graciosamente, ligou para a Delegacia e fomos conduzidos à Delegacia da Mulher sem que qualquer fato ocorresse da minha parte, fato presenciado por todos os policiais civis e por minha diarista Claudiana Firmino da Silva, arrolada por mim como testemunha, mesmo sendo uma pessoa por ela indicada para este ofício. O que antes houvera de anormal fora discutir sobre um pacto pré-nupcial por escrito, já que falavam mundos e fundos da sua riqueza e eu acostava-me em minha condição de aposentado, trabalhando duramente, dignamente, para sobreviver, no único ofício que bem desempenho, que é a medicina clínica. Desde que a Delegacia da Mulher, em seus legítimos preceitos, me impôs afastar-me do apartamento que aluguei e pago com meus parcos vencimentos, não comuniquei-me com a Tatianne; ao contrário. Venho recebendo constantes chamadas telefônicas e por Shats App, venho recebendo mensagens provocativas, de cunho sexual, e outros. Assumi, no mínimo constrangido e desrespeitado, vítima de um golpe de uma mulher específica contra o ser humano idoso que sou sem nunca haver tido um olhar à prática discriminativa à mulher ou quem quer que seja em toda a minha vida.
Tenho 68 anos e farei 69 em novembro, com muito orgulho de ser uma pessoa pacata, sem antecedentes criminais e devotado em meu ofício de médico e professor de Medicina, e especialmente aos meus clientes públicos ou privados, ao ser humano em sua integralidade. Considero-me vítima de um golpe que atenta contra a dignidade humana. Compareci a todos os julgamentos oriundos da minha primeira intimação. Resisto e acuso a pessoa de Tatianne Mendes Lomonaco por apossar-se de meus bens e moradia para tal fim, numa atitude peremptória de tirar proveito pessoal. Minha vida não me pertence mas a responsabilizo diante de tudo o que possa restar, em termos de coerção, provocação e atos moral e psicologicamente ilícitos contra a minha pessoa, assim como responsabilizo sua família, conivente com o mal-estar social que os seus agressores provocam em seus ditos e acatados descontroles pessoais. Mantê-los distantes ou à mercê de alguém é, além de um ato de desamor, de irresponsabilidade. Tatianne Mendes Lomonaco justificou-me as últimas agressões que me fez por encontrar-se drogada. Toda a sua família é consciente do fato e da pessoa que ela representa no plano psico-familiar e social. Sua mãe sua cunhada estiveram no meu apartamento e não são inocentes quanto à condição de Tatianne Mendes Lomonaco. Eu, certamente, fui o último a ter consciência e a iludir-me em ajudá-la. Talvez hoje eu perca a vida…Waldir Pedrosa Dias de Amorim”.
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DIA 19.06: ENFRENTAMENTO DA ANEMIA FALCIFORME

PREZAD@S, PARA A DATA NÃO PASSAR DESPERCEBIDA. AQUI NA PARAÍBA POR ACASO, O GOVERNO DO ESTADO JÁ IMPLANTOU LABORATÓRIOS EM CONDIÇÕES DE FAZER O SEGUNDO TESTE DO PEZINHO EM CRIANÇAS DE 06 MESES DE IDADE? AS ESCOLAS DO ESTADO E MUNICÍPIOS JÁ POSSUEM NUTRÓLOGOS PARA PROPICIAR UMA ALIMENTAÇÃO MAIS ADEQUADA ÀS CRIANÇAS PORTADORAS E COM TRAÇO FALCIFORME?

LAURA

segunda-feira, 5 de junho de 2017

LEGISLAÇÃO DO SINASE - SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO


Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Mensagem de veto Vigência
Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis nos 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
TÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (Sinase) 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1o  Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. 
§ 1o  Entende-se por Sinase o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que envolvem a execução de medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atendimento a adolescente em conflito com a lei. 
§ 2o  Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), as quais têm por objetivos: 
I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação; 
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e 
III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei. 
§ 3o  Entendem-se por programa de atendimento a organização e o funcionamento, por unidade, das condições necessárias para o cumprimento das medidas socioeducativas. 
§ 4o  Entende-se por unidade a base física necessária para a organização e o funcionamento de programa de atendimento. 
§ 5o  Entendem-se por entidade de atendimento a pessoa jurídica de direito público ou privado que instala e mantém a unidade e os recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento de programas de atendimento. 
Art. 2o  O Sinase será coordenado pela União e integrado pelos sistemas estaduais, distrital e municipais responsáveis pela implementação dos seus respectivos programas de atendimento a adolescente ao qual seja aplicada medida socioeducativa, com liberdade de organização e funcionamento, respeitados os termos desta Lei. 
CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS 
Art. 3o  Compete à União: 
I - formular e coordenar a execução da política nacional de atendimento socioeducativo; 
II - elaborar o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, em parceria com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
III - prestar assistência técnica e suplementação financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas; 
IV - instituir e manter o Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, seu funcionamento, entidades, programas, incluindo dados relativos a financiamento e população atendida; 
V - contribuir para a qualificação e ação em rede dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo; 
VI - estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento das unidades e programas de atendimento e as normas de referência destinadas ao cumprimento das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade; 
VII - instituir e manter processo de avaliação dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo, seus planos, entidades e programas; 
VIII - financiar, com os demais entes federados, a execução de programas e serviços do Sinase; e 
IX - garantir a publicidade de informações sobre repasses de recursos aos gestores estaduais, distrital e municipais, para financiamento de programas de atendimento socioeducativo. 
§ 1o  São vedados à União o desenvolvimento e a oferta de programas próprios de atendimento. 
§ 2o  Ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) competem as funções normativa, deliberativa, de avaliação e de fiscalização do Sinase, nos termos previstos na Lei no 8.242, de 12 de outubro de 1991, que cria o referido Conselho. 
§ 3o  O Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo será submetido à deliberação do Conanda. 
§ 4o  À Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) competem as funções executiva e de gestão do Sinase. 
Art. 4o  Compete aos Estados: 
I - formular, instituir, coordenar e manter Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, respeitadas as diretrizes fixadas pela União; 
II - elaborar o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo em conformidade com o Plano Nacional; 
III - criar, desenvolver e manter programas para a execução das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação; 
IV - editar normas complementares para a organização e funcionamento do seu sistema de atendimento e dos sistemas municipais; 
V - estabelecer com os Municípios formas de colaboração para o atendimento socioeducativo em meio aberto; 
VI - prestar assessoria técnica e suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas de meio aberto; 
VII - garantir o pleno funcionamento do plantão interinstitucional, nos termos previstos no inciso V do art. 88 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
VIII - garantir defesa técnica do adolescente a quem se atribua prática de ato infracional; 
IX - cadastrar-se no Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo e fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do Sistema; e 
X - cofinanciar, com os demais entes federados, a execução de programas e ações destinados ao atendimento inicial de adolescente apreendido para apuração de ato infracional, bem como aqueles destinados a adolescente a quem foi aplicada medida socioeducativa privativa de liberdade. 
§ 1o  Ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente competem as funções deliberativas e de controle do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, nos termos previstos no inciso II do art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), bem como outras definidas na legislação estadual ou distrital. 
§ 2o  O Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo será submetido à deliberação do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
§ 3o  Competem ao órgão a ser designado no Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo as funções executiva e de gestão do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo. 
Art. 5o  Compete aos Municípios: 
I - formular, instituir, coordenar e manter o Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo, respeitadas as diretrizes fixadas pela União e pelo respectivo Estado; 
II - elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com o Plano Nacional e o respectivo Plano Estadual; 
III - criar e manter programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas em meio aberto; 
IV - editar normas complementares para a organização e funcionamento dos programas do seu Sistema de Atendimento Socioeducativo; 
V - cadastrar-se no Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo e fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do Sistema; e 
VI - cofinanciar, conjuntamente com os demais entes federados, a execução de programas e ações destinados ao atendimento inicial de adolescente apreendido para apuração de ato infracional, bem como aqueles destinados a adolescente a quem foi aplicada medida socioeducativa em meio aberto. 
§ 1o  Para garantir a oferta de programa de atendimento socioeducativo de meio aberto, os Municípios podem instituir os consórcios dos quais trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências, ou qualquer outro instrumento jurídico adequado, como forma de compartilhar responsabilidades. 
§ 2o  Ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente competem as funções deliberativas e de controle do Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo, nos termos previstos no inciso II do art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), bem como outras definidas na legislação municipal. 
§ 3o  O Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo será submetido à deliberação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
§ 4o  Competem ao órgão a ser designado no Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo as funções executiva e de gestão do Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo. 
Art. 6o  Ao Distrito Federal cabem, cumulativamente, as competências dos Estados e dos Municípios. 
CAPÍTULO III
DOS PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO 
Art. 7o  O Plano de que trata o inciso II do art. 3o desta Lei deverá incluir um diagnóstico da situação do Sinase, as diretrizes, os objetivos, as metas, as prioridades e as formas de financiamento e gestão das ações de atendimento para os 10 (dez) anos seguintes, em sintonia com os princípios elencados na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
§ 1o  As normas nacionais de referência para o atendimento socioeducativo devem constituir anexo ao Plano de que trata o inciso II do art. 3o desta Lei. 
§ 2o  Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional. 
Art. 8o  Os Planos de Atendimento Socioeducativo deverão, obrigatoriamente, prever ações articuladas nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte, para os adolescentes atendidos, em conformidade com os princípios elencados na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
Parágrafo único.  Os Poderes Legislativos federal, estaduais, distrital e municipais, por meio de suas comissões temáticas pertinentes, acompanharão a execução dos Planos de Atendimento Socioeducativo dos respectivos entes federados. 
CAPÍTULO IV
DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTO 
Seção I
Disposições Gerais 
Art. 9o  Os Estados e o Distrito Federal inscreverão seus programas de atendimento e alterações no Conselho Estadual ou Distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente, conforme o caso. 
Art. 10.  Os Municípios inscreverão seus programas e alterações, bem como as entidades de atendimento executoras, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
Art. 11.  Além da especificação do regime, são requisitos obrigatórios para a inscrição de programa de atendimento: 
I - a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva; 
II - a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectiva unidade; 
III - regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo: 
a) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demais educadores; 
b) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; e 
c) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescente pelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual; 
IV - a política de formação dos recursos humanos; 
V - a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa; 
VI - a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dos conselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; e 
VII - a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva. 
Parágrafo único.  O não cumprimento do previsto neste artigo sujeita as entidades de atendimento, os órgãos gestores, seus dirigentes ou prepostos à aplicação das medidas previstas no art. 97 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 12.  A composição da equipe técnica do programa de atendimento deverá ser interdisciplinar, compreendendo, no mínimo, profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, de acordo com as normas de referência. 
§ 1o  Outros profissionais podem ser acrescentados às equipes para atender necessidades específicas do programa. 
§ 2o  Regimento interno deve discriminar as atribuições de cada profissional, sendo proibida a sobreposição dessas atribuições na entidade de atendimento. 
§ 3o  O não cumprimento do previsto neste artigo sujeita as entidades de atendimento, seus dirigentes ou prepostos à aplicação das medidas previstas no art. 97 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Seção II
Dos Programas de Meio Aberto 
Art. 13.  Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida: 
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida; 
II - receber o adolescente e seus pais ou responsável e orientá-los sobre a finalidade da medida e a organização e funcionamento do programa; 
III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado; 
IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e 
V - avaliar, com o orientador, a evolução do cumprimento da medida e, se necessário, propor à autoridade judiciária sua substituição, suspensão ou extinção. 
Parágrafo único.  O rol de orientadores credenciados deverá ser comunicado, semestralmente, à autoridade judiciária e ao Ministério Público. 
Art. 14.  Incumbe ainda à direção do programa de medida de prestação de serviços à comunidade selecionar e credenciar entidades assistenciais, hospitais, escolas ou outros estabelecimentos congêneres, bem como os programas comunitários ou governamentais, de acordo com o perfil do socioeducando e o ambiente no qual a medida será cumprida. 
Parágrafo único.  Se o Ministério Público impugnar o credenciamento, ou a autoridade judiciária considerá-lo inadequado, instaurará incidente de impugnação, com a aplicação subsidiária do procedimento de apuração de irregularidade em entidade de atendimento regulamentado na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), devendo citar o dirigente do programa e a direção da entidade ou órgão credenciado. 
Seção III
Dos Programas de Privação da Liberdade 
Art. 15.  São requisitos específicos para a inscrição de programas de regime de semiliberdade ou internação: 
I - a comprovação da existência de estabelecimento educacional com instalações adequadas e em conformidade com as normas de referência; 
II - a previsão do processo e dos requisitos para a escolha do dirigente; 
III - a apresentação das atividades de natureza coletiva; 
IV - a definição das estratégias para a gestão de conflitos, vedada a previsão de isolamento cautelar, exceto nos casos previstos no § 2o do art. 49 desta Lei; e 
V - a previsão de regime disciplinar nos termos do art. 72 desta Lei. 
Art. 16.  A estrutura física da unidade deverá ser compatível com as normas de referência do Sinase. 
§ 1o  É vedada a edificação de unidades socioeducacionais em espaços contíguos, anexos, ou de qualquer outra forma integrados a estabelecimentos penais. 
§ 2o  A direção da unidade adotará, em caráter excepcional, medidas para proteção do interno em casos de risco à sua integridade física, à sua vida, ou à de outrem, comunicando, de imediato, seu defensor e o Ministério Público. 
Art. 17.  Para o exercício da função de dirigente de programa de atendimento em regime de semiliberdade ou de internação, além dos requisitos específicos previstos no respectivo programa de atendimento, é necessário: 
I - formação de nível superior compatível com a natureza da função; 
II - comprovada experiência no trabalho com adolescentes de, no mínimo, 2 (dois) anos; e 
III - reputação ilibada. 
CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO 
Art. 18.  A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, realizará avaliações periódicas da implementação dos Planos de Atendimento Socioeducativo em intervalos não superiores a 3 (três) anos. 
§ 1o  O objetivo da avaliação é verificar o cumprimento das metas estabelecidas e elaborar recomendações aos gestores e operadores dos Sistemas. 
§ 2o  O processo de avaliação deverá contar com a participação de representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos Conselhos Tutelares, na forma a ser definida em regulamento. 
§ 3o  A primeira avaliação do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo realizar-se-á no terceiro ano de vigência desta Lei, cabendo ao Poder Legislativo federal acompanhar o trabalho por meio de suas comissões temáticas pertinentes. 
Art. 19.  É instituído o Sistema Nacional de Avaliação e Acompanhamento do Atendimento Socioeducativo, com os seguintes objetivos: 
I - contribuir para a organização da rede de atendimento socioeducativo; 
II - assegurar conhecimento rigoroso sobre as ações do atendimento socioeducativo e seus resultados; 
III - promover a melhora da qualidade da gestão e do atendimento socioeducativo; e 
IV - disponibilizar informações sobre o atendimento socioeducativo. 
§ 1o  A avaliação abrangerá, no mínimo, a gestão, as entidades de atendimento, os programas e os resultados da execução das medidas socioeducativas. 
§ 2o  Ao final da avaliação, será elaborado relatório contendo histórico e diagnóstico da situação, as recomendações e os prazos para que essas sejam cumpridas, além de outros elementos a serem definidos em regulamento. 
§ 3o  O relatório da avaliação deverá ser encaminhado aos respectivos Conselhos de Direitos, Conselhos Tutelares e ao Ministério Público. 
§ 4o  Os gestores e entidades têm o dever de colaborar com o processo de avaliação, facilitando o acesso às suas instalações, à documentação e a todos os elementos necessários ao seu efetivo cumprimento. 
§ 5o  O acompanhamento tem por objetivo verificar o cumprimento das metas dos Planos de Atendimento Socioeducativo. 
Art. 20.  O Sistema Nacional de Avaliação e Acompanhamento da Gestão do Atendimento Socioeducativo assegurará, na metodologia a ser empregada: 
I - a realização da autoavaliação dos gestores e das instituições de atendimento; 
II - a avaliação institucional externa, contemplando a análise global e integrada das instalações físicas, relações institucionais, compromisso social, atividades e finalidades das instituições de atendimento e seus programas; 
III - o respeito à identidade e à diversidade de entidades e programas; 
IV - a participação do corpo de funcionários das entidades de atendimento e dos Conselhos Tutelares da área de atuação da entidade avaliada; e 
V - o caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos processos avaliativos. 
Art. 21.  A avaliação será coordenada por uma comissão permanente e realizada por comissões temporárias, essas compostas, no mínimo, por 3 (três) especialistas com reconhecida atuação na área temática e definidas na forma do regulamento. 
Parágrafo único.  É vedado à comissão permanente designar avaliadores: 
I - que sejam titulares ou servidores dos órgãos gestores avaliados ou funcionários das entidades avaliadas; 
II - que tenham relação de parentesco até o 3o grau com titulares ou servidores dos órgãos gestores avaliados e/ou funcionários das entidades avaliadas; e 
III - que estejam respondendo a processos criminais. 
Art. 22.  A avaliação da gestão terá por objetivo: 
I - verificar se o planejamento orçamentário e sua execução se processam de forma compatível com as necessidades do respectivo Sistema de Atendimento Socioeducativo; 
II - verificar a manutenção do fluxo financeiro, considerando as necessidades operacionais do atendimento socioeducativo, as normas de referência e as condições previstas nos instrumentos jurídicos celebrados entre os órgãos gestores e as entidades de atendimento; 
III - verificar a implementação de todos os demais compromissos assumidos por ocasião da celebração dos instrumentos jurídicos relativos ao atendimento socioeducativo; e 
IV - a articulação interinstitucional e intersetorial das políticas. 
Art. 23.  A avaliação das entidades terá por objetivo identificar o perfil e o impacto de sua atuação, por meio de suas atividades, programas e projetos, considerando as diferentes dimensões institucionais e, entre elas, obrigatoriamente, as seguintes: 
I - o plano de desenvolvimento institucional; 
II - a responsabilidade social, considerada especialmente sua contribuição para a inclusão social e o desenvolvimento socioeconômico do adolescente e de sua família; 
III - a comunicação e o intercâmbio com a sociedade; 
IV - as políticas de pessoal quanto à qualificação, aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e condições de trabalho; 
V - a adequação da infraestrutura física às normas de referência; 
VI - o planejamento e a autoavaliação quanto aos processos, resultados, eficiência e eficácia do projeto pedagógico e da proposta socioeducativa; 
VII - as políticas de atendimento para os adolescentes e suas famílias; 
VIII - a atenção integral à saúde dos adolescentes em conformidade com as diretrizes do art. 60 desta Lei; e 
IX - a sustentabilidade financeira. 
Art. 24.  A avaliação dos programas terá por objetivo verificar, no mínimo, o atendimento ao que determinam os arts. 94, 100, 117, 119, 120, 123 e 124 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 25.  A avaliação dos resultados da execução de medida socioeducativa terá por objetivo, no mínimo: 
I - verificar a situação do adolescente após cumprimento da medida socioeducativa, tomando por base suas perspectivas educacionais, sociais, profissionais e familiares; e 
II - verificar reincidência de prática de ato infracional. 
Art. 26.  Os resultados da avaliação serão utilizados para: 
I - planejamento de metas e eleição de prioridades do Sistema de Atendimento Socioeducativo e seu financiamento; 
II - reestruturação e/ou ampliação da rede de atendimento socioeducativo, de acordo com as necessidades diagnosticadas; 
III - adequação dos objetivos e da natureza do atendimento socioeducativo prestado pelas entidades avaliadas; 
IV - celebração de instrumentos de cooperação com vistas à correção de problemas diagnosticados na avaliação; 
V - reforço de financiamento para fortalecer a rede de atendimento socioeducativo; 
VI - melhorar e ampliar a capacitação dos operadores do Sistema de Atendimento Socioeducativo; e 
Parágrafo único.  As recomendações originadas da avaliação deverão indicar prazo para seu cumprimento por parte das entidades de atendimento e dos gestores avaliados, ao fim do qual estarão sujeitos às medidas previstas no art. 28 desta Lei. 
Art. 27.  As informações produzidas a partir do Sistema Nacional de Informações sobre Atendimento Socioeducativo serão utilizadas para subsidiar a avaliação, o acompanhamento, a gestão e o financiamento dos Sistemas Nacional, Distrital, Estaduais e Municipais de Atendimento Socioeducativo. 
CAPÍTULO VI
DA RESPONSABILIZAÇÃO DOS GESTORES, OPERADORES E ENTIDADES DE ATENDIMENTO 
Art. 28.  No caso do desrespeito, mesmo que parcial, ou do não cumprimento integral às diretrizes e determinações desta Lei, em todas as esferas, são sujeitos: 
I - gestores, operadores e seus prepostos e entidades governamentais às medidas previstas no inciso I e no § 1o do art. 97 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); e 
II - entidades não governamentais, seus gestores, operadores e prepostos às medidas previstas no inciso II e no § 1o do art. 97 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Parágrafo único.  A aplicação das medidas previstas neste artigo dar-se-á a partir da análise de relatório circunstanciado elaborado após as avaliações, sem prejuízo do que determinam os arts. 191 a 197, 225 a 227, 230 a 236, 243 e 245 a 247 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 29.  Àqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram, sob qualquer forma, direta ou indireta, para o não cumprimento desta Lei, aplicam-se, no que couber, as penalidades dispostas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências (Lei de Improbidade Administrativa). 
CAPÍTULO VII
DO FINANCIAMENTO E DAS PRIORIDADES 
Art. 30.  O Sinase será cofinanciado com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, além de outras fontes. 
§ 1o  (VETADO). 
§ 2o  Os entes federados que tenham instituído seus sistemas de atendimento socioeducativo terão acesso aos recursos na forma de transferência adotada pelos órgãos integrantes do Sinase. 
§ 3o  Os entes federados beneficiados com recursos dos orçamentos dos órgãos responsáveis pelas políticas integrantes do Sinase, ou de outras fontes, estão sujeitos às normas e procedimentos de monitoramento estabelecidos pelas instâncias dos órgãos das políticas setoriais envolvidas, sem prejuízo do disposto nos incisos IX e X do art. 4o, nos incisos V e VI do art. 5o e no art. 6o desta Lei. 
Art. 31.  Os Conselhos de Direitos, nas 3 (três) esferas de governo, definirão, anualmente, o percentual de recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente a serem aplicados no financiamento das ações previstas nesta Lei, em especial para capacitação, sistemas de informação e de avaliação. 
Parágrafo único.  Os entes federados beneficiados com recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente para ações de atendimento socioeducativo prestarão informações sobre o desempenho dessas ações por meio do Sistema de Informações sobre Atendimento Socioeducativo. 
Art. 32.  A Lei no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
Art. 5o  Os recursos do Funad serão destinados:
............................................................................................. 
X - às entidades governamentais e não governamentais integrantes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
...................................................................................” (NR) 
Art. 5o-A.  A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), órgão gestor do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), poderá financiar projetos das entidades do Sinase desde que: 
I - o ente federado de vinculação da entidade que solicita o recurso possua o respectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; 
II - as entidades governamentais e não governamentais integrantes do Sinase que solicitem recursos tenham participado da avaliação nacional do atendimento socioeducativo; 
III - o projeto apresentado esteja de acordo com os pressupostos da Política Nacional sobre Drogas e legislação específica.” 
Art. 33.  A Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 19-A: 
Art. 19-A.  O Codefat poderá priorizar projetos das entidades integrantes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) desde que: 
I - o ente federado de vinculação da entidade que solicita o recurso possua o respectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; 
II - as entidades governamentais e não governamentais integrantes do Sinase que solicitem recursos tenham se submetido à avaliação nacional do atendimento socioeducativo.” 
Art. 34.  O art. 2o da Lei no 5.537, de 21 de novembro de 1968, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3o:
“Art. 2o  .......................................................................
............................................................................................. 
§ 3o  O fundo de que trata o art. 1o poderá financiar, na forma das resoluções de seu conselho deliberativo, programas e projetos de educação básica relativos ao Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) desde que: 
I - o ente federado que solicitar o recurso possua o respectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; 
II - as entidades de atendimento vinculadas ao ente federado que solicitar o recurso tenham se submetido à avaliação nacional do atendimento socioeducativo; e 
III - o ente federado tenha assinado o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação e elaborado o respectivo Plano de Ações Articuladas (PAR).” (NR) 
TÍTULO II
DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 35.  A execução das medidas socioeducativas reger-se-á pelos seguintes princípios: 
I - legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do que o conferido ao adulto; 
II - excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas, favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos; 
III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível, atendam às necessidades das vítimas; 
IV - proporcionalidade em relação à ofensa cometida; 
V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito ao que dispõe o art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias pessoais do adolescente; 
VII - mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos da medida; 
VIII - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia, gênero, nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual, ou associação ou pertencimento a qualquer minoria ou status; e 
IX - fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo socioeducativo. 
CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS 
Art. 36.  A competência para jurisdicionar a execução das medidas socioeducativas segue o determinado pelo art. 146 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 37.  A defesa e o Ministério Público intervirão, sob pena de nulidade, no procedimento judicial de execução de medida socioeducativa, asseguradas aos seus membros as prerrogativas previstas na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), podendo requerer as providências necessárias para adequar a execução aos ditames legais e regulamentares. 
Art. 38.  As medidas de proteção, de advertência e de reparação do dano, quando aplicadas de forma isolada, serão executadas nos próprios autos do processo de conhecimento, respeitado o disposto nos arts. 143 e 144 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 39.  Para aplicação das medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação, será constituído processo de execução para cada adolescente, respeitado o disposto nos arts. 143 e 144 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), e com autuação das seguintes peças: 
I - documentos de caráter pessoal do adolescente existentes no processo de conhecimento, especialmente os que comprovem sua idade; e
II - as indicadas pela autoridade judiciária, sempre que houver necessidade e, obrigatoriamente: 
a) cópia da representação; 
b) cópia da certidão de antecedentes; 
c) cópia da sentença ou acórdão; e 
d) cópia de estudos técnicos realizados durante a fase de conhecimento. 
Parágrafo único.  Procedimento idêntico será observado na hipótese de medida aplicada em sede de remissão, como forma de suspensão do processo. 
Art. 40.  Autuadas as peças, a autoridade judiciária encaminhará, imediatamente, cópia integral do expediente ao órgão gestor do atendimento socioeducativo, solicitando designação do programa ou da unidade de cumprimento da medida. 
Art. 41.  A autoridade judiciária dará vistas da proposta de plano individual de que trata o art. 53 desta Lei ao defensor e ao Ministério Público pelo prazo sucessivo de 3 (três) dias, contados do recebimento da proposta encaminhada pela direção do programa de atendimento. 
§ 1o  O defensor e o Ministério Público poderão requerer, e o Juiz da Execução poderá determinar, de ofício, a realização de qualquer avaliação ou perícia que entenderem necessárias para complementação do plano individual. 
§ 2o  A impugnação ou complementação do plano individual, requerida pelo defensor ou pelo Ministério Público, deverá ser fundamentada, podendo a autoridade judiciária indeferi-la, se entender insuficiente a motivação. 
§ 3o  Admitida a impugnação, ou se entender que o plano é inadequado, a autoridade judiciária designará, se necessário, audiência da qual cientificará o defensor, o Ministério Público, a direção do programa de atendimento, o adolescente e seus pais ou responsável. 
§ 4o  A impugnação não suspenderá a execução do plano individual, salvo determinação judicial em contrário. 
§ 5o  Findo o prazo sem impugnação, considerar-se-á o plano individual homologado. 
Art. 42.  As medidas socioeducativas de liberdade assistida, de semiliberdade e de internação deverão ser reavaliadas no máximo a cada 6 (seis) meses, podendo a autoridade judiciária, se necessário, designar audiência, no prazo máximo de 10 (dez) dias, cientificando o defensor, o Ministério Público, a direção do programa de atendimento, o adolescente e seus pais ou responsável. 
§ 1o  A audiência será instruída com o relatório da equipe técnica do programa de atendimento sobre a evolução do plano de que trata o art. 52 desta Lei e com qualquer outro parecer técnico requerido pelas partes e deferido pela autoridade judiciária. 
§ 2o  A gravidade do ato infracional, os antecedentes e o tempo de duração da medida não são fatores que, por si, justifiquem a não substituição da medida por outra menos grave. 
§ 3o  Considera-se mais grave a internação, em relação a todas as demais medidas, e mais grave a semiliberdade, em relação às medidas de meio aberto. 
Art. 43.  A reavaliação da manutenção, da substituição ou da suspensão das medidas de meio aberto ou de privação da liberdade e do respectivo plano individual pode ser solicitada a qualquer tempo, a pedido da direção do programa de atendimento, do defensor, do Ministério Público, do adolescente, de seus pais ou responsável. 
§ 1o  Justifica o pedido de reavaliação, entre outros motivos: 
I - o desempenho adequado do adolescente com base no seu plano de atendimento individual, antes do prazo da reavaliação obrigatória; 
II - a inadaptação do adolescente ao programa e o reiterado descumprimento das atividades do plano individual; e 
III - a necessidade de modificação das atividades do plano individual que importem em maior restrição da liberdade do adolescente. 
§ 2o  A autoridade judiciária poderá indeferir o pedido, de pronto, se entender insuficiente a motivação. 
§ 3o  Admitido o processamento do pedido, a autoridade judiciária, se necessário, designará audiência, observando o princípio do § 1o do art. 42 desta Lei. 
§ 4o  A substituição por medida mais gravosa somente ocorrerá em situações excepcionais, após o devido processo legal, inclusive na hipótese do inciso III do art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), e deve ser: 
I - fundamentada em parecer técnico; 
II - precedida de prévia audiência, e nos termos do § 1o do art. 42 desta Lei. 
Art. 44.  Na hipótese de substituição da medida ou modificação das atividades do plano individual, a autoridade judiciária remeterá o inteiro teor da decisão à direção do programa de atendimento, assim como as peças que entender relevantes à nova situação jurídica do adolescente. 
Parágrafo único.  No caso de a substituição da medida importar em vinculação do adolescente a outro programa de atendimento, o plano individual e o histórico do cumprimento da medida deverão acompanhar a transferência. 
Art. 45.  Se, no transcurso da execução, sobrevier sentença de aplicação de nova medida, a autoridade judiciária procederá à unificação, ouvidos, previamente, o Ministério Público e o defensor, no prazo de 3 (três) dias sucessivos, decidindo-se em igual prazo. 
§ 1o  É vedado à autoridade judiciária determinar reinício de cumprimento de medida socioeducativa, ou deixar de considerar os prazos máximos, e de liberação compulsória previstos na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), excetuada a hipótese de medida aplicada por ato infracional praticado durante a execução. 
§ 2o  É vedado à autoridade judiciária aplicar nova medida de internação, por atos infracionais praticados anteriormente, a adolescente que já tenha concluído cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza, ou que tenha sido transferido para cumprimento de medida menos rigorosa, sendo tais atos absorvidos por aqueles aos quais se impôs a medida socioeducativa extrema. 
Art. 46.  A medida socioeducativa será declarada extinta: 
I - pela morte do adolescente; 
II - pela realização de sua finalidade; 
III - pela aplicação de pena privativa de liberdade, a ser cumprida em regime fechado ou semiaberto, em execução provisória ou definitiva; 
IV - pela condição de doença grave, que torne o adolescente incapaz de submeter-se ao cumprimento da medida; e 
V - nas demais hipóteses previstas em lei. 
§ 1o  No caso de o maior de 18 (dezoito) anos, em cumprimento de medida socioeducativa, responder a processo-crime, caberá à autoridade judiciária decidir sobre eventual extinção da execução, cientificando da decisão o juízo criminal competente. 
§ 2o  Em qualquer caso, o tempo de prisão cautelar não convertida em pena privativa de liberdade deve ser descontado do prazo de cumprimento da medida socioeducativa. 
Art. 47.  O mandado de busca e apreensão do adolescente terá vigência máxima de 6 (seis) meses, a contar da data da expedição, podendo, se necessário, ser renovado, fundamentadamente. 
Art. 48.  O defensor, o Ministério Público, o adolescente e seus pais ou responsável poderão postular revisão judicial de qualquer sanção disciplinar aplicada, podendo a autoridade judiciária suspender a execução da sanção até decisão final do incidente. 
§ 1o  Postulada a revisão após ouvida a autoridade colegiada que aplicou a sanção e havendo provas a produzir em audiência, procederá o magistrado na forma do § 1o do art. 42 desta Lei. 
§ 2o  É vedada a aplicação de sanção disciplinar de isolamento a adolescente interno, exceto seja essa imprescindível para garantia da segurança de outros internos ou do próprio adolescente a quem seja imposta a sanção, sendo necessária ainda comunicação ao defensor, ao Ministério Público e à autoridade judiciária em até 24 (vinte e quatro) horas. 
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS 
Art. 49.  São direitos do adolescente submetido ao cumprimento de medida socioeducativa, sem prejuízo de outros previstos em lei: 
I - ser acompanhado por seus pais ou responsável e por seu defensor, em qualquer fase do procedimento administrativo ou judicial; 
II - ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida de privação da liberdade, exceto nos casos de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa, quando o adolescente deverá ser internado em Unidade mais próxima de seu local de residência; 
III - ser respeitado em sua personalidade, intimidade, liberdade de pensamento e religião e em todos os direitos não expressamente limitados na sentença; 
IV - peticionar, por escrito ou verbalmente, diretamente a qualquer autoridade ou órgão público, devendo, obrigatoriamente, ser respondido em até 15 (quinze) dias; 
V - ser informado, inclusive por escrito, das normas de organização e funcionamento do programa de atendimento e também das previsões de natureza disciplinar; 
VI - receber, sempre que solicitar, informações sobre a evolução de seu plano individual, participando, obrigatoriamente, de sua elaboração e, se for o caso, reavaliação; 
VII - receber assistência integral à sua saúde, conforme o disposto no art. 60 desta Lei; e 
VIII - ter atendimento garantido em creche e pré-escola aos filhos de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 
§ 1o  As garantias processuais destinadas a adolescente autor de ato infracional previstas na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), aplicam-se integralmente na execução das medidas socioeducativas, inclusive no âmbito administrativo. 
§ 2o  A oferta irregular de programas de atendimento socioeducativo em meio aberto não poderá ser invocada como motivo para aplicação ou manutenção de medida de privação da liberdade. 
Art. 50.  Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 121 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a direção do programa de execução de medida de privação da liberdade poderá autorizar a saída, monitorada, do adolescente nos casos de tratamento médico, doença grave ou falecimento, devidamente comprovados, de pai, mãe, filho, cônjuge, companheiro ou irmão, com imediata comunicação ao juízo competente. 
Art. 51.  A decisão judicial relativa à execução de medida socioeducativa será proferida após manifestação do defensor e do Ministério Público. 
CAPÍTULO IV
DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) 
Art. 52.  O cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação, dependerá de Plano Individual de Atendimento (PIA), instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente. 
Parágrafo único.  O PIA deverá contemplar a participação dos pais ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o processo ressocializador do adolescente, sendo esses passíveis de responsabilização administrativa, nos termos do art. 249 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), civil e criminal. 
Art. 53.  O PIA será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento, com a participação efetiva do adolescente e de sua família, representada por seus pais ou responsável. 
Art. 54.  Constarão do plano individual, no mínimo: 
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; 
II - os objetivos declarados pelo adolescente; 
III - a previsão de suas atividades de integração social e/ou capacitação profissional; 
IV - atividades de integração e apoio à família; 
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; e 
VI - as medidas específicas de atenção à sua saúde. 
Art. 55.  Para o cumprimento das medidas de semiliberdade ou de internação, o plano individual conterá, ainda: 
I - a designação do programa de atendimento mais adequado para o cumprimento da medida; 
II - a definição das atividades internas e externas, individuais ou coletivas, das quais o adolescente poderá participar; e 
III - a fixação das metas para o alcance de desenvolvimento de atividades externas. 
Parágrafo único.  O PIA será elaborado no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias da data do ingresso do adolescente no programa de atendimento. 
Art. 56.  Para o cumprimento das medidas de prestação de serviços à comunidade e de liberdade assistida, o PIA será elaborado no prazo de até 15 (quinze) dias do ingresso do adolescente no programa de atendimento. 
Art. 57.  Para a elaboração do PIA, a direção do respectivo programa de atendimento, pessoalmente ou por meio de membro da equipe técnica, terá acesso aos autos do procedimento de apuração do ato infracional e aos dos procedimentos de apuração de outros atos infracionais atribuídos ao mesmo adolescente. 
§ 1o  O acesso aos documentos de que trata o caput deverá ser realizado por funcionário da entidade de atendimento, devidamente credenciado para tal atividade, ou por membro da direção, em conformidade com as normas a serem definidas pelo Poder Judiciário, de forma a preservar o que determinam os arts. 143 e 144 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
§ 2o  A direção poderá requisitar, ainda: 
I - ao estabelecimento de ensino, o histórico escolar do adolescente e as anotações sobre o seu aproveitamento; 
II - os dados sobre o resultado de medida anteriormente aplicada e cumprida em outro programa de atendimento; e 
III - os resultados de acompanhamento especializado anterior. 
Art. 58.  Por ocasião da reavaliação da medida, é obrigatória a apresentação pela direção do programa de atendimento de relatório da equipe técnica sobre a evolução do adolescente no cumprimento do plano individual. 
Art. 59.  O acesso ao plano individual será restrito aos servidores do respectivo programa de atendimento, ao adolescente e a seus pais ou responsável, ao Ministério Público e ao defensor, exceto expressa autorização judicial. 
CAPÍTULO V
DA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA 
Seção I
Disposições Gerais 
Art. 60.  A atenção integral à saúde do adolescente no Sistema de Atendimento Socioeducativo seguirá as seguintes diretrizes: 
I - previsão, nos planos de atendimento socioeducativo, em todas as esferas, da implantação de ações de promoção da saúde, com o objetivo de integrar as ações socioeducativas, estimulando a autonomia, a melhoria das relações interpessoais e o fortalecimento de redes de apoio aos adolescentes e suas famílias; 
II - inclusão de ações e serviços para a promoção, proteção, prevenção de agravos e doenças e recuperação da saúde; 
III - cuidados especiais em saúde mental, incluindo os relacionados ao uso de álcool e outras substâncias psicoativas, e atenção aos adolescentes com deficiências; 
IV - disponibilização de ações de atenção à saúde sexual e reprodutiva e à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis; 
V - garantia de acesso a todos os níveis de atenção à saúde, por meio de referência e contrarreferência, de acordo com as normas do Sistema Único de Saúde (SUS); 
VI - capacitação das equipes de saúde e dos profissionais das entidades de atendimento, bem como daqueles que atuam nas unidades de saúde de referência voltadas às especificidades de saúde dessa população e de suas famílias; 
VII - inclusão, nos Sistemas de Informação de Saúde do SUS, bem como no Sistema de Informações sobre Atendimento Socioeducativo, de dados e indicadores de saúde da população de adolescentes em atendimento socioeducativo; e 
VIII - estruturação das unidades de internação conforme as normas de referência do SUS e do Sinase, visando ao atendimento das necessidades de Atenção Básica. 
Art. 61.  As entidades que ofereçam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto e de semiliberdade deverão prestar orientações aos socioeducandos sobre o acesso aos serviços e às unidades do SUS. 
Art. 62.  As entidades que ofereçam programas de privação de liberdade deverão contar com uma equipe mínima de profissionais de saúde cuja composição esteja em conformidade com as normas de referência do SUS. 
Art. 63.  (VETADO). 
§ 1o  O filho de adolescente nascido nos estabelecimentos referidos no caput deste artigo não terá tal informação lançada em seu registro de nascimento. 
§ 2o  Serão asseguradas as condições necessárias para que a adolescente submetida à execução de medida socioeducativa de privação de liberdade permaneça com o seu filho durante o período de amamentação. 
Seção II
Do Atendimento a Adolescente com Transtorno Mental e com Dependência de Álcool e de Substância Psicoativa 
Art 64.  O adolescente em cumprimento de medida socioeducativa que apresente indícios de transtorno mental, de deficiência mental, ou associadas, deverá ser avaliado por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial. 
§ 1o  As competências, a composição e a atuação da equipe técnica de que trata o caput deverão seguir, conjuntamente, as normas de referência do SUS e do Sinase, na forma do regulamento. 
§ 2o  A avaliação de que trata o caput subsidiará a elaboração e execução da terapêutica a ser adotada, a qual será incluída no PIA do adolescente, prevendo, se necessário, ações voltadas para a família. 
§ 3o  As informações produzidas na avaliação de que trata o caput são consideradas sigilosas. 
§ 4o  Excepcionalmente, o juiz poderá suspender a execução da medida socioeducativa, ouvidos o defensor e o Ministério Público, com vistas a incluir o adolescente em programa de atenção integral à saúde mental que melhor atenda aos objetivos terapêuticos estabelecidos para o seu caso específico. 
§ 5o  Suspensa a execução da medida socioeducativa, o juiz designará o responsável por acompanhar e informar sobre a evolução do atendimento ao adolescente. 
§ 6o  A suspensão da execução da medida socioeducativa será avaliada, no mínimo, a cada 6 (seis) meses. 
§ 7o  O tratamento a que se submeterá o adolescente deverá observar o previsto na Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
§ 8o  (VETADO). 
Art. 65.  Enquanto não cessada a jurisdição da Infância e Juventude, a autoridade judiciária, nas hipóteses tratadas no art. 64, poderá remeter cópia dos autos ao Ministério Público para eventual propositura de interdição e outras providências pertinentes. 
Art. 66.  (VETADO). 
CAPÍTULO VI
DAS VISITAS A ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA DE
INTERNAÇÃO 
Art. 67.  A visita do cônjuge, companheiro, pais ou responsáveis, parentes e amigos a adolescente a quem foi aplicada medida socioeducativa de internação observará dias e horários próprios definidos pela direção do programa de atendimento. 
Art. 68.  É assegurado ao adolescente casado ou que viva, comprovadamente, em união estável o direito à visita íntima. 
Parágrafo único.  O visitante será identificado e registrado pela direção do programa de atendimento, que emitirá documento de identificação, pessoal e intransferível, específico para a realização da visita íntima. 
Art. 69.  É garantido aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação o direito de receber visita dos filhos, independentemente da idade desses. 
Art. 70.  O regulamento interno estabelecerá as hipóteses de proibição da entrada de objetos na unidade de internação, vedando o acesso aos seus portadores. 
CAPÍTULO VII
DOS REGIMES DISCIPLINARES 
Art. 71.  Todas as entidades de atendimento socioeducativo deverão, em seus respectivos regimentos, realizar a previsão de regime disciplinar que obedeça aos seguintes princípios: 
I - tipificação explícita das infrações como leves, médias e graves e determinação das correspondentes sanções; 
II - exigência da instauração formal de processo disciplinar para a aplicação de qualquer sanção, garantidos a ampla defesa e o contraditório; 
III - obrigatoriedade de audiência do socioeducando nos casos em que seja necessária a instauração de processo disciplinar; 
IV - sanção de duração determinada; 
V - enumeração das causas ou circunstâncias que eximam, atenuem ou agravem a sanção a ser imposta ao socioeducando, bem como os requisitos para a extinção dessa; 
VI - enumeração explícita das garantias de defesa; 
VII - garantia de solicitação e rito de apreciação dos recursos cabíveis; e 
VIII - apuração da falta disciplinar por comissão composta por, no mínimo, 3 (três) integrantes, sendo 1 (um), obrigatoriamente, oriundo da equipe técnica. 
Art. 72.  O regime disciplinar é independente da responsabilidade civil ou penal que advenha do ato cometido. 
Art. 73.  Nenhum socioeducando poderá desempenhar função ou tarefa de apuração disciplinar ou aplicação de sanção nas entidades de atendimento socioeducativo. 
Art. 74.  Não será aplicada sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar e o devido processo administrativo. 
Art. 75.  Não será aplicada sanção disciplinar ao socioeducando que tenha praticado a falta: 
I - por coação irresistível ou por motivo de força maior; 
II - em legítima defesa, própria ou de outrem. 
CAPÍTULO VIII
DA CAPACITAÇÃO PARA O TRABALHO 
Art. 76.  O art. 2o do Decreto-Lei no 4.048, de 22 de janeiro de 1942, passa a vigorar acrescido do seguinte § 1o, renumerando-se o atual parágrafo único para § 2o
“Art. 2o  ......................................................................... 
§ 1o  As escolas do Senai poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senai e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. 
§ 2o  ...................................................................... ” (NR) 
Art. 77.  O art. 3o do Decreto-Lei no 8.621, de 10 de janeiro de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte § 1o, renumerando-se o atual parágrafo único para § 2o
“Art. 3o  ......................................................................... 
§ 1o  As escolas do Senac poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senac e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. 
§ 2o. ..................................................................... ” (NR) 
Art. 78.  O art. 1o da Lei no 8.315, de 23 de dezembro de 1991, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: 
“Art. 1o  ......................................................................... 
Parágrafo único.  Os programas de formação profissional rural do Senar poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senar e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais.” (NR) 
Art. 79.  O art. 3o da Lei no 8.706, de 14 de setembro de 1993, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: 
“Art. 3o  ......................................................................... 
Parágrafo único.  Os programas de formação profissional do Senat poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senat e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais.” (NR) 
Art. 80.  O art. 429 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2o
“Art. 429.  .....................................................................
............................................................................................. 
§ 2o  Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais.” (NR) 
TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 81.  As entidades que mantenham programas de atendimento têm o prazo de até 6 (seis) meses após a publicação desta Lei para encaminhar ao respectivo Conselho Estadual ou Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente proposta de adequação da sua inscrição, sob pena de interdição. 
Art. 82.  Os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os níveis federados, com os órgãos responsáveis pelo sistema de educação pública e as entidades de atendimento, deverão, no prazo de 1 (um) ano a partir da publicação desta Lei, garantir a inserção de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa na rede pública de educação, em qualquer fase do período letivo, contemplando as diversas faixas etárias e níveis de instrução. 
Art. 83.  Os programas de atendimento socioeducativo sob a responsabilidade do Poder Judiciário serão, obrigatoriamente, transferidos ao Poder Executivo no prazo máximo de 1 (um) ano a partir da publicação desta Lei e de acordo com a política de oferta dos programas aqui definidos. 
Art. 84.  Os programas de internação e semiliberdade sob a responsabilidade dos Municípios serão, obrigatoriamente, transferidos para o Poder Executivo do respectivo Estado no prazo máximo de 1 (um) ano a partir da publicação desta Lei e de acordo com a política de oferta dos programas aqui definidos. 
Art. 85.  A não transferência de programas de atendimento para os devidos entes responsáveis, no prazo determinado nesta Lei, importará na interdição do programa e caracterizará ato de improbidade administrativa do agente responsável, vedada, ademais, ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo municipal, ao final do referido prazo, a realização de despesas para a sua manutenção. 
Art. 86.  Os arts. 90, 97, 121, 122, 198 e 208 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passam a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 90.  ......................................................................
............................................................................................. 
V - prestação de serviços à comunidade; 
VI - liberdade assistida; 
VII - semiliberdade; e 
VIII - internação.
....................................................................................” (NR) 
“Art. 97.  (VETADO)” 
“Art. 121.  .................................…………………............
............................................................................................. 
§ 7o  A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.” (NR) 
“Art. 122.  .....................................................................
............................................................................................. 
§ 1o  O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
...................................................................................” (NR) 
Art. 198.  Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes adaptações:
............................................................................................. 
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
...................................................................................” (NR) 
“Art. 208.  .....................................................................
............................................................................................. 
X - de programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas e aplicação de medidas de proteção.
...................................................................................” (NR) 
Art. 87.  A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a vigorar com as seguintes alterações: 
Art. 260.  Os contribuintes poderão efetuar doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, obedecidos os seguintes limites: 
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real; e 
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual, observado o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
............................................................................................. 
§ 5o  Observado o disposto no § 4o do art. 3o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I do caput
I - será considerada isoladamente, não se submetendo a limite em conjunto com outras deduções do imposto; e 
II - não poderá ser computada como despesa operacional na apuração do lucro real.” (NR) 
Art. 260-A.  A partir do exercício de 2010, ano-calendário de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua Declaração de Ajuste Anual. 
§ 1o  A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado na declaração: 
I - (VETADO); 
II - (VETADO); 
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012. 
§ 2o  A dedução de que trata o caput
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II do caput do art. 260; 
II - não se aplica à pessoa física que: 
a) utilizar o desconto simplificado; 
b) apresentar declaração em formulário; ou 
c) entregar a declaração fora do prazo; 
III - só se aplica às doações em espécie; e 
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em vigor. 
§ 3o  O pagamento da doação deve ser efetuado até a data de vencimento da primeira quota ou quota única do imposto, observadas instruções específicas da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
§ 4o  O não pagamento da doação no prazo estabelecido no § 3o implica a glosa definitiva desta parcela de dedução, ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da diferença de imposto devido apurado na Declaração de Ajuste Anual com os acréscimos legais previstos na legislação. 
§ 5o  A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital, estaduais e nacional concomitantemente com a opção de que trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do art. 260.” 
Art. 260-B.  A doação de que trata o inciso I do art. 260 poderá ser deduzida: 
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; e 
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para as pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente. 
Parágrafo único.  A doação deverá ser efetuada dentro do período a que se refere a apuração do imposto.” 
Art. 260-C.  As doações de que trata o art. 260 desta Lei podem ser efetuadas em espécie ou em bens. 
Parágrafo único.  As doações efetuadas em espécie devem ser depositadas em conta específica, em instituição financeira pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o art. 260.” 
Art. 260-D.  Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir recibo em favor do doador, assinado por pessoa competente e pelo presidente do Conselho correspondente, especificando: 
I - número de ordem; 
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e endereço do emitente; 
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do doador; 
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e 
V - ano-calendário a que se refere a doação. 
§ 1o  O comprovante de que trata o caput deste artigo pode ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores doados mês a mês. 
§ 2o  No caso de doação em bens, o comprovante deve conter a identificação dos bens, mediante descrição em campo próprio ou em relação anexa ao comprovante, informando também se houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e endereço dos avaliadores.” 
Art. 260-E.  Na hipótese da doação em bens, o doador deverá: 
I - comprovar a propriedade dos bens, mediante documentação hábil; 
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos, quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso de pessoa jurídica; e 
III - considerar como valor dos bens doados: 
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última declaração do imposto de renda, desde que não exceda o valor de mercado; 
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens. 
Parágrafo único.  O preço obtido em caso de leilão não será considerado na determinação do valor dos bens doados, exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária.” 
Art. 260-F.  Os documentos a que se referem os arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução perante a Receita Federal do Brasil.” 
Art. 260-G.  Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais devem: 
I - manter conta bancária específica destinada exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; 
II - manter controle das doações recebidas; e 
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os seguintes dados por doador: 
a) nome, CNPJ ou CPF; 
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou em bens.” 
Art. 260-H.  Em caso de descumprimento das obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público.” 
Art. 260-I.  Os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais divulgarão amplamente à comunidade: 
I - o calendário de suas reuniões; 
II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de atendimento à criança e ao adolescente; 
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou municipais; 
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-calendário e o valor dos recursos previstos para implementação das ações, por projeto; 
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a Adolescência; e 
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais.” 
Art. 260-J.  O Ministério Público determinará, em cada Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei. 
Parágrafo único.  O descumprimento do disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de ofício, a requerimento ou representação de qualquer cidadão.” 
Art. 260-K.  A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, arquivo eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital, estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias específicas mantidas em instituições financeiras públicas, destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.” 
Art. 260-L.  A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto nos arts. 260 a 260-K.” 
Art. 88.  O parágrafo único do art. 3o da Lei no 12.213, de 20 de janeiro de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 3o  .......................................................................... 
Parágrafo único.  A dedução a que se refere o caput deste artigo não poderá ultrapassar 1% (um por cento) do imposto devido.” (NR) 
Art. 89.  (VETADO). 
Art. 90.  Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.
Brasília, 18 de janeiro de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Guido Mantega
Alexandre Rocha Santos Padilha
Miriam Belchior
Maria do Rosário Nunes
Este texto não substitui o publicado no DOU de 19.1.2012 retificado em 20.1.2012
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