segunda-feira, 8 de maio de 2017

COLUNA HELDER MOURA: LAVA JATO E CASO BRUNO ERNESTO

BRUNO ERNESTO ASSASSINADO A MANDO DO PALÁCIO DA REDENÇÃO
"A Paraíba está chegando (novamente?) à Operação Lava Jato. O Blog foi informado pelo médico Robert Sabino, ex-cunhado do governador Ricardo Coutinho, que documentos relativos ao crime do jovem Bruno Ernesto foram protocolados na Operação em Curitiba. “Cientificamos a Lava Jato que a arma e as balas usadas no assassinato de Bruno Ernesto eram de propriedade do Estado”, disse Robert.
A ideia é que a Polícia Federal assuma as investigações juntamente com o Ministério Público Federal, “uma vez que o Governo do Estado não tem dado qualquer explicação à sociedade sobre a razão da arma e as balas pertencerem ao Estado”. Robert, que assina o envio desses e outros documentos, tem, segundo relato ao Blog, “abastecido a Lava Jato com muitas informações, que podem interessar à Justiça”.
Federalização – Um pedido de federalização das investigações foi enviado, em maio de 2016, pela advogada e ex-conselheira da OAB, Laura Berquó. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oficiou à época o Ministério Público do Estado, requisitando cópias do inquérito para decidir se atende ou não ao pedido de federalização. O MP do Estado não se manifesta sobre o assunto, apesar de uma cobrança pública do procurador Herbert Targino, durante uma reunião do Conselho de Procuradores.
O procedimento de pedir cópia dos inquéritos é padrão, quando se avalia tecnicamente a mudança de competência nas investigações, algo conhecido no jargão como “procedimento preparatório de incidente de deslocamento de competência”, que tem como objeto “examinar a regularidade das apurações de crimes”. Termos utilizados por Janot em sua petição.
Caso Bruno – Bruno Ernesto Morais foi sequestrado e assassinado, em fevereiro de 2012, com o detalhe que os bandidos levaram dinheiro e o seu notebook onde constavam, segundo versão de seus familiares, todos os arquivos em relação ao projeto do Jampa Digital.
O caso levantou suspeitas de ter sido uma execução, ou seja, uma morte por encomenda, aparentemente confirmada por um dos bandidos presos, após o crime, com base em reportagem policial, que ouviu os assassinos."

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