domingo, 25 de fevereiro de 2018

COLUNA RUBENS NÓBREGA: CULTO À PERSONALIDADE

Massagear ego do governador custa caro ao erário


Executivo da Secom garante, no entanto, que revista em quadrinhos foi encomendada e paga pelos irmãos de Ricardo

Depois da apoteótica inauguração do Memorial Ricardo Coutinho na Fundação Casa de José Américo na última segunda-feira (19), em João Pessoa, massagens e homenagens ao ego do governador estendem-se agora a contar a sua história em quadrinhos.
O gibi ‘Ricardo Coutinho em Quadrinhos’, dos mais recentes lançamentos de A União Editora, parece seguir a mesma trajetória de culto à personalidade de governante às custas do erário. Afinal, tanto a Casa de JA quanto jornal e gráficas oficiais são financiados com dinheiro de impostos que o Estado pega no bolso dos cidadãos ou nos cofres das empresas.
É sempre possível alegar – como deverão fazer assessores e aspones midiáticos do governante, regiamente pagos pelos cofres públicos – que o Memorial RC apenas veio se juntar a outros de antecessores que também se eternizaram nas paredes e armários do belíssimo palacete que adorna a Avenida Cabo Branco. Ou que a revistinha colorida sobre o novo super-herói da praça faz parte de uma coleção preexistente ou foi bancada por pessoas dos afetos do homenageado.
Mas, peraí… Não era ou não é esse mesmo Ricardo que se jacta de ser o oposto ou no mínimo diferente ao máximo de todos aqueles que governaram a Paraíba antes dele? Não era ou não é esse mesmo Ricardo que zerou e refundou a Paraíba para legar aos seus concidadãos um modo de ser e administrar a coisa pública segundo os mais caros princípios republicanos?
Será que o forçado e esfolado contribuinte do Tesouro Estadual deve abrir exceção para o governador da hora? Só por que ele se acha o pipoco do trovão em matéria de gestão? Ou será porque asfaltou a pincel dezenas de estradas carroçáveis do interior do Estado, enquanto a malha viária antiga castiga vidas humanas e suspensões automotivas que por ela sacolejam cotidianamente?
Vai ver é por conta de novos hospitais e escolas, que fazem a festa de quem constrói e de muita gente boa tão midiotizada pela propaganda governista que não liga para tudo o mais. Não liga, por exemplo, se o hospital ou a escola que já existe está de fazer pena ou se os indicadores de saúde e educação públicas da Paraíba são de fazer vergonha.
Nessa pisada, desse jeito, não importa um tico – também por exemplo – se a segurança pública é privilégio restrito às mordomias da Granja Santana, enquanto o resto da população vive à mercê dos ataques da bandidagem e dos golpes de estatística e publicidade com que o governo estadual, ao mesmo tempo em que enaltece as realizações do governante, acreditar estar enfrentando e vencendo a crescente violência no Estado.
Diante do exposto, como diziam antigamente lá no Ministério Público, é de se perguntar “em que prateleira da Casa de Zé Américo ou birô d’A União guardaram o princípio constitucional da impessoalidade que submete e vincula todo e qualquer gestor do bem coletivo?” Se alguém der uma busca, procure direitinho, por favor. É bem capaz de encontrar, junto, o princípio da moralidade, escondido dentro da mesma gaveta ou pasta.
O OUTRO LADO
Antes de publicar este artigo, às 10h42 deste sábado (24), desde 9h08 o blogueiro procurou saber do jornalista Sebastião Lucena, secretário executivo da Secretaria Estadual de Comunicação Social (Secom), se havia explicação para o gibi ‘Ricardo Coutinho em quadrinhos’ publicado por A União.
Duas horas após a postagem, precisamente às 12h43, Lucena informou via WhatsApp que a revista foi encomendada e paga pelos irmãos do governador. Comuniquei ao secretário que faria a devida utilização da matéria e solicitei cópias de documentos que comprovem contratação e pagamento dos serviços da editora do Estado pelos Coutinho.
Além disso, o espaço do blog fica aberto ao governador, aos seus irmãos ou ao próprio secretário para qualquer outra manifestação sobre o assunto.
  • Atualizada às 15h"

PARABÉNS A TODAS AS ELEITORAS BRASILEIRAS

CELINA GUIMARÃES
Celina Guimarães, primeira eleitora brasileira,  em 1928 na cidade de Mossoró/RN. Em 24.02.1932, as mulheres brasileiras passaram a ter direito a votar e serem votadas em todo o território nacional porque antes disso cada estado-membro legislava sobre normas de Direito Eleitoral, fazendo com que a primeira eleitora e a primeira prefeita do país surgissem no Rio Grande do Norte. Na Paraíba a primeira prefeita foi na cidade de Queimadas, salvo engano, Sra. Maria Barbosa nos anos 1960. Em João Pessoa a nossa primeira vereadora foi a Professora de Direito, Dra. Ofélia Gondim nos anos 1970.

Laura

PARA RELEMBRAR OS NOMES DOS AGENTES PRESOS NA OPERAÇÃO SQUADRE

29/12/2012 14h00 - Atualizado em 29/12/2012 20h55

"Delegados e agentes da PB detidos na Operação Squadre são afastados

Governo afastou dois delegados, seis agentes e um motorista da Polícia Civil.
Servidores foram detidos por suspeita de integrar grupos de extermínio.

Do G1 PB
 A Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) da Paraíba publicou no Diário Oficial deste sábado (29) o afastamento das atividades de nove servidores da Polícia Civil, apontados pela Polícia Federal como integrantes de grupos de extermínio. Segundo determinação do juízo da 7ª Vara Criminal de João Pessoa, dois delegados, seis agentes e um motorista devem permanecer afastados por 180 dias.
Conforme a publicação da Seds, foi determinado o "afastamento cautelar das funções dos servidores por 180 dias, sem prejuízo de seus vencimentos, porém com suspensão de prerrogativas inerentes aos cargos". Foram afastados os delegados Edilson Araújo de Carvalho e Alberto Jorge Diniz e Silva, os agentes de investigação Cesar Batista Dias, Eduardo Jorge Ferreira do EGito, Esdras Almeida de Oliveira, José Rodrigues da Silva Júnior, Lúcio Flávio Almeida de Lima e Vitor Prado Freire; além do motorista Milton Luiz da Silva.
De acordo com a Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), o sindicato está oferecendo apoio aos servidores. “Já colocamos a assessoria jurídica da associação à disposição e vamos zelar integralmente pelo princípio da ampla defesa e contraditório. Vamos combater essas operações midiáticas, mas quanto ao mérito do caso, o advogado está preparando a defesa mais adequada. Apenas não concordamos com uma condenação precipitada, levando à violação do sistema jurídico”, afirmou o presidente da associação, Cláudio Lameirão.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) havia denunciado no último dia 20 de novembro, 38 suspeitos de envolvimento em grupos de extermínio que foram detidos após a Operação Squadre, realizada em novembro pela Polícia Federal. Entre os acusados, estão policiais militares, delegados e presidiários.
Segundo apontado pelo MP, os 38 são acusados de integrar três milícias armadas que atuavam em atividades típicas de grupos de extermínio, comércio ilegal de armas e munições, segurança privada armada clandestina, lavagem de dinheiro, prática de extorsão, corrupção policial e tráfico de armas e drogas.
Um deputado federal, delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil foram arrolados como testemunhas. A operação resultou ainda na apreensão de 16 armas de fogo, entre revólveres, pistolas, rifles e espingardas.
A ação policial aconteceu em 9 de novembro deste ano, com apoio da Polícia Federal, cumprindo 75 mandados de prisão e busca e apreensão no litoral paraibano, no Sertão do estado e na região metropolitana de Recife, em Pernambuco. A Operação Squadre da Polícia Federal deteve 40 pessoas, entre estes 20 policiais militares e civis, incluindo um Major e um Capitão da Polícia Militar e dois delegados da Polícia Civil, todos estes denunciados pelo Ministério Público no último dia 12 de dezembro.
A ação foi resultado de um ano de investigações feitas pelo setor de inteligência da Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público da Paraíba e da Secretaria Estadual de Segurança de Desenvolvimento Social (Seds).
A Operação
Por volta das 5h30 (horário local) do dia 9 de novembro, cerca de 400 policiais federais cumpriram 75 mandados expedidos pela Justiça, sendo 35 de prisão preventiva, dez de prisão temporária e busca e busca, 11 de condução coercitiva de pessoas e 19 de busca e apreensão de documentos. A operação 'Squadre' aconteceu simultaneamente nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari e Cajazeiras, na Paraíba, e em Recife e Petrolina, no estado de Pernambuco."