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Parabéns ao Deputado Federal Luiz Couto pela preocupação em relação às explosões a bancos na Paraíba, tendo sido o único deputado até agora a tocar no assunto. Lamento que o Secretário de Segurança não entenda minhas críticas. Realmente eu sou má: busco justiça pelos meios legais e reclamo do não atendimento injustificado, das respostas evasivas e que não conseguem resolver o problema. Não adianta apenas dar a ideia de aumentar a pena no crimes de furto em que se utilizem de explosivos, passando o problema para os deputados, nossos legisladores, quando o trabalho inicial de realmente investigar as quadrilhas responsáveis por esse tipo de crime não está sendo bem conduzido. É do conhecimento do Secretário inclusive que Preá coleciona vários crimes graves, porque isso é comentado por inúmeros delegados da polícia civil estadual e acredito que o Secretário esteja sempre em contato com os mesmos, pedindo informações e coletando dados inerentes aos atributos de seu cargo. Existe uma testemunha disposta a narrar tudo sobre explosões a banco na Paraíba que se chama Dona Maria Edilene de Oliveira. Tudo que é requerido a SSP-PB, independentemente do gestor que esteja ocupando a pasta, tem amparo legal. Os requerimentos são no sentido de fazer cumprir o que determina o art. 2º , VI da Lei Estadual n.º 4216/1980, ainda que não se cite a lei, porque toda lei se presume do conhecimento de todos, lei esta ainda em vigor, que diz que uma das atribuições da SSP-PB é justamente prevenir e reprimir a criminalidade. Ou seja, queremos que seja dado apenas o pontapé inicial de se nomear delegado especial para o caso e o resto das provas viriam normalmente com as investigações a partir de testemunhos. Talvez seja estranho, cause estranheza que duas mulheres insistam tanto na prisão de pistoleiros e quadrilhas de extermínio e explosões a bancos, sem proteção da PF, só com a proteção de Deus, cumprindo antes de mais nada com a suas obrigações de cidadãs e Dona Edilene principalmente, de mãe. Eu sei o que é ser mãe. Não tive filhos, mas tenho extinto materno e admiro Dona Maria Edilene pelo fato de apesar de todo seu sofrimento estar ainda buscando os meios legais, ainda que falhos. Por que Dona Edilene não é levada em consideração? É estranho realmente, que duas mulheres no mundo de homens feito para homens, onde mulheres são apenas peças de decoração, tenham a coragem de buscar fazer com que as instituições por meio de seus responsáveis legais cumpram com seus papéis. Discordamos, como já dissemos, que o Estado não tenha nenhuma responsabilidade em garantir a segurança dos bancos, bem como dos cidadãos que procurem os serviços bancários. Problemas existem para serem vencidos. Problemas surgem para lapidar a nossa personalidade. Problemas existem e sempre existirão. O que não pode haver é ignorar que pessoas dispostas a combater quaisquer tipos de criminalidade, dentro dos limites legais, se valendo do papel imposto por lei às instituições, como no caso da lei que estrutura a própria SSP-PB, não sejam consideradas, ou sejam tomadas como mal intencionadas, cruéis. Dona Maria Edilene, acredito que as coisas estejam caminhando. Esperamos entrar o mais breve possível com a assessoria do Deputado Luiz Couto porque não tivemos êxito nas ligações telefônicas para sabermos se procede a notícia de que os casos Rebeca Cristina Alves Simoes e Sebastian Ribeiro Coutinho, foram aprovados pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federais para fins de pedido de federalização dos casos. O assassinato de Sebastian foi queima de arquivo porque ele sabia demais. E dizer que até agora não tivemos retorno da SSP-PB apesar de todas as solicitações e nem do MPE é apenas relatar a verdade. Por isso, hoje protocolamos petições junto a Polícia Federal e ao MPF para fins de instauração de inquérito policial para apuração das explosões a banco na Paraíba cujas instituições bancárias tenham na constituição de seu capital dinheiro público federal, isto é da União. Ainda, amanhã protocolaremos junto a SSP-PB mais um requerimento para sabermos oficialmente as informações colhidas sobre Preá e também qual o retorno da Superintendência de Campina Grande sobre as quadrilhas criminosas que atuam naquela região e proximidades. Infelizmente, o protocolo da SSP-PB encerra às 16:30 h. Como não sabíamos, chegamos às 16: 40 h e não pudemos protocolar. O mesmo ocorreu com a Superintendência do Banco do Brasil, para nos colocarmos à disposição como testemunhas caso o Banco do Brasil queira solicitar a PF investigações sobre as explosões à bancos.
Para encerrar, Dona Maria Edilene diz: "eu vou até o fim, venha quem vier, porque foi a vida do meu filho, uma mãe tem seu filho e fica a cicatriz do parto pelo resto da vida, a cicatriz não fica em homem, talvez seja por isso, que hoje o mundo esteja tão violento, porque os homens são capazes de mandar seus filhos à guerra, os homens de poder nada fazem porque eles não carregam a vida são carregados por nós. A minha dor de mãe não se iguala a dor de um pai que tem seu filho em casa e pode dar carinho a eles todos os dias, eu não tenho mais isso."
Cordialmente,
Advogada e militante em Direitos Humanos.
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