POLICIAIS VÍTIMAS DE ASSÉDIO MORAL – QUEM SÃO ESSES HERÓIS? (Por Marinho Mendes)
Nunca pensei que uma das maiores clientelas que receberia enquanto Conselheiro Estadual dos Direitos Humanos fosse a de policiais vítimas do mais sórdido e sofrido assédio moral, muitos deles ainda muito jovens, mas profunda e indelevelmente marcados pelas marcas da decepção, do desestímulo e descrença para com suas instituições, com quem tanto sonharam, mas que hoje vivem mesmo é num intenso e afrontoso pesadelo.
NA POLÍCIA CIVIL
O PESADELO DA DELEGADA LÍDIA VELOSO
Na Polícia Civil posso citar a Delegada Lídia Veloso, mulher honesta e agudamente vocacionada, ela foi Delegada da Mulher em Bayeux, elevou o nome da Polícia Civil naquela comuna, fez o povo reviver a credibilidade na instituição policial, já que tratava a todos com respeito e com lhaneza, acolhia aos carentes e as mulheres vítimas de violência com amor e destacado afeto e atuante que é, realizava diligências para liberar mulheres da opressão e do jugo de companheiros pavorosos e truculentos. Tem como marido um corretíssimo Oficial do Exército Brasileiro, mas um dia Lídia Veloso atendendo a apelos do povo resolveu candidatar-se ao cargo de Vereadora na cidade francesa, infelizmente foi traída e ao retornar à polícia civil, foi indecorosamente perseguida, disse ela que a pedido de uma Magistrada de Bayeux, fato verdadeiro, pois em reunião realizada dia 11 deste mês, na Secretaria de Segurança Pública, o titular da Pasta, Delegado Cláudio Lima disse que realmente a magistrada pediu a transferência da delegada para fora das fronteiras da Bayeux, não se sabe a causa dessa rejeição da juiz a Lídia Veloso, que caiu em desgraça, pois foi um pedido de uma juíza muito amiga do titular da segurança pública do nosso Estado e que não poderia ser negado, um pedido equivocado, pois candidatar-se é um direito constitucional assegurado na Carta da República e que deveria ser respeitado inclusive pela juíza pedinte e amiga do secretário e de outros policiais e ele deveria era promover Drª. Lídia Veloso, uma mulher de fibra e de brios, que só orgulha a instituição polícia Civil, mas que encontra-se doente se tratando às suas próprias custas.
A VIA CRÚCIS DO AGENTE POLICIAL PAULO MOURA
Da mesma forma, desconhecendo que a Constituição Federal assegura a liberdade de voto ou de sufrágio, o Policial Civil Paulo Moura, então instrutor da Academia de Polícia, por puro mérito, já que é detentor de inúmeros cursos de destaque na esfera policial e por conta disto e por entender que como Lídia Veloso votou em outro candidato ao governo do Estado, acabou expressando palavras de desabafo e como resposta, o Secretário determinou a instauração de procedimentos policiais, os quais já somam meia dúzia, caracterizando tal proceder como uma forma de intimidar e silenciar uma voz amargurada com o ostracismo a que foi atirado sem nenhuma piedade e é assédio moral mesmo, uma vez que um Secretário de Estado de Segurança, jamais poderia descer a nível tão rasteiro, de responder a funcionário sentido e doído e sem função, com instauração de procedimentos policiais, já que no nosso sentir, deveria ouvir o servidor de forma aberta e franca, colocá-lo em função digna de acordo com a sua qualificação e nunca responder às suas angústias com procedimentos policiais.
NA POLÍCIA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS
Na Polícia Militar a coisa não é diferente, temos vários PMs nessa inaceitável situação, podendo citar agora neste momento os policiais GILBERTO SILVA, HELAMÃ RIBEIRO, ANDERSON LEITE, SARGENTO PEREIRA e VALÉRIO DUARTE, além de outros que nos foge à memória e o pior, chega a nos envergonhar as atitudes de oficiais de última patente, que amesquinhada mente e de forma brutalmente omissiva, permitem que tais exageros ocorram dentro dos seus quartéis e bem debaixo das suas vistas.
SARGENTO BOMBEITRO MILITAR HELAMÃ RIBEIRO -
O Sargento HELAMÃ RIBEIRO certa vez me ligou desesperado, dizendo “eles querem me expulsar dos bombeiros doutor”! e tive que confortá-lo e dizer que estamos com ele e que iremos às barras dos tribunais, até o último grau para defendê-lo, a coisa é tão séria, que certa vez, para ser intimado de uma simples sindicância, um Major passou um dia inteiro em seu encalço, após abandonar pessoa da família que acompanhava em consulta médica, para mostrar que intimava o sargento e fez de tudo, não se importou com a truculência e os constrangimentos que criaria no encalço do graduado, indo à sua residência, na casa dos seus pais, recebendo informações de subordinados, tudo isto no dia de folga do Sargento, que avistado por um Tenente num shopping da cidade com a esposa, foi tido como insubordinado, pois, no tosco e vesgo enxergar desse major, teria que atender às suas chamadas telefônicas e contrariando a lei, que só permite notificações, intimações e citações até às 18h00, o “zeloso” major permaneceu na busca do Sargento Ribeiro até altas horas e o mais grave, ao invés do Comandante Geral cortar esses excessos, acaba apoiando as hilariantes sindicâncias que visam punir o humilde praça e que já são varais, tudo por uma simples reclamação em desfavor de um capitão odiado pela tropa, por ser perseguidor de praças, já prendeu um cabo e é apoiado pelos chefes, quando suas asas já deveriam ter sido podadas em respeito á dignidade da pessoa humana e do servidor bombeiro militar.
SOLDADO ANDERSON LEITE
Fiquei perplexo, quando o Soldado ANDERSON LEITE também sofreu a mão pesada de um coronel e de um capitão, eles queriam porque queriam expulsar o soldado das fileiras da Polícia Militar, mesmo sabendo que o Soldado Leite estava doente, com depressão pesada e necessitava era de proteção, de tratamento. Leite chegou a tentar o suicídio por conta das brutais e aniquiladoras perseguições encetadas por um coronel e um capitão de cujos nomes disponho e para finalizar, o Soldado leite é um jovem de pouco mais de 23 anos, mas já doente, pois é um alcoolista, disse-me que passou a beber por conta das perseguições eu sofreu desde que entrou na PM, por parte de um major e ao invés de tratamento eles querem era punição e os comandantes permitem que essa tragédia permaneça acontecendo. O certo é que após muita luta e sem chamar muito a atenção, intercedemos por Leite e oficiais sensatos que ainda existem no seio da corporação o tiraram do local onde sofria as mixórdias e hoje se encontra se recuperando num local onde o bom senso parece imperar.
SARGENTO VALÉRIO DUARTE
O Sargento VALÉRIO DUARTE é um honrado pai de família, que dedicou mais de 24 anos da sua vida à Polícia Militar e que por conta de um acidente, encontra-se profundamente sequelado, sem nenhuma condição de trabalho, hoje ele sofre angustiante assédio moral da Junta Médica da Polícia Militar, que mesmo à vista de pareceres dos mais qualificados traumatologistas paraibanos, insistem em dizer que a sua perna ainda pode ser reparada, palavras ditas por um tenente pediatra, em contraposição aos pareceres médicos de festejados profissionais da ortopedia. O pior é que insistem em humilhar Valério, colocando para executar tarefas menores, o que só diminui a sua auto-estima e faz aumentar a sua revolta e o seu inconformismo contra uma instituição que deveria lhe respeitar. Apesar dos apelos realizados por nós, nada avança em relação a esse dedicado policial.
O CABO GILBERTO SILVA
GILBERTO SILVA É Cabo da Polícia Militar do nosso Estado, é honesto, vibrador, detentor de invejável liderança, ostenta curso superior completo e optou corajosamente em colocar a sua liderança em defesa da classe, ao invés de se assujeitar aos caprichos dos seus chefes como fazem vergonhosamente outros, que de tanto se inclinar se aposentam pelos danos causados á coluna vertebral e por isto meso paga um alto preço.
GILBERTO SILVA foi candidato a Deputado Estadual nas últimas eleições e fez bonito, sem dinheiro e sem estrutura obteve 4.012 votos, se destacando num pleito sumamente disputado, mas Gilberto é escanteado, é desprestigiado e para humilhá-lo o ignoram, atitude que fere de morte a auto-estima de um grande profissional como é esse santaritense destemido e invejável lutador.
SARGENTO PEREIRA
SARGENTO PEREIRA é um profissional altamente qualificado, um instrutor de primeira linha, é admirado por seus subordinados, homem de caráter retilíneo, mas com um defeito irreparável aos olhos dos seus superiores: SARGENTO EPREIRA é um admirável defensor dos direitos da pessoa humana e principalmente dos seus colegas de corporação. Ele já foi punidos, sindicâncias foram abertas para puni-los, pois em suas falas sempre critica a prática do assédio moral, conduta tida como improbidade administrativa pela lei e pelo próprio Superior Tribunal de justiça.
SARGENTO PEREIRA era Conselheiro Estadual dos Direitos humanos, mas mesmo podendo ser reconduzido para mais u mandato, sua entidade, no caso a Polícia Militar ignorou o pedido do Conselho Estadual dos Direitos Humanos e não o reconduziu e nem indicou outro para o seu lugar.
A vida desses destemidos policiais é dura minha gente e por isto lhes cabe bem o título de valentes HERÓIS.
CHAMAMENTO DA RESPONSABILIDADE
Quero deixar aqui gravado, que qualquer represália eu algum perseguidor rasteiro queira desferir contra essa mulher e estes homens de brio e sumamente verticais que seja contra a minha pessoa, pois ao contrário deles, não tenho a barreira da hierarquia e da disciplina, muitas e muitas vezes usadas para oprimir, punir e perseguir o subordinado, de forma covarde, tacanha, miúda e extremamente perversa, ao se esconderem atrás de estrelas, de gravatas e de birôs para açoitarem os seus desvios sádicos e perversos contra pais de família eu são servidores do Estado e não propriedades dessas despreparadas e desprezíveis pessoas, em algum momento em posição de algum mando, ainda que passageiro.
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