sábado, 18 de julho de 2015

UM QUEBRA-CABEÇA CHAMADO REBECA

Prezad@s,

Após um bom período de silêncio sobre Rebeca, trago à tona algumas informações por mim prestadas em 1º.10.2014, quando fui intimada para prestar declarações nos autos da Sindicância do Comando Geral da Polícia Militar, que teve a frente como sindicantes o Coronel Jarlon Cabral e o 1º Tenente Sebastião Almeida. A sindicância foi instaurada pela Portaria n.º 0217/2014 - Sind/DGP - 5 em 29 de agosto de 2014, expedida pelo Subcomandante Geral. Está em anexo. Mas mesmo assim gostaria de fazer as seguintes considerações:

1º Na véspera do meu depoimento fui procurada por um Cabo da PM (não vou citar o nome porque ele teme pela família dele, mas o próprio Secretário Claudio Lima me confirmou que ele participou das investigações paralelas) que disse que durante os 03 primeiros meses após a morte de Rebeca participou das investigações paralelas a da Polícia Civil a pedido do Secretário de Segurança, com toda infraestrutura à disposição;
2º O referido Cabo PM me procurou na véspera do meu depoimento alegando que ouvira dos Sindicantes que eu iria prestar declarações. A verdade, é que tanto Coronel Jarlon e o 1º Tenente Sebastião confirmaram que esse Cabo foi chamado para depor porque investigou a mando de Claudio Lima, mas na hora do depoimento que ocorreu na véspera do meu, não prestou nenhuma declaração relevante o que pareceu de forma propositada. Mas desmentiram o Cabo PM no que tange ao fato de terem mencionado o meu nome na presença do mesmo como a próxima declarante. Algo mal explicado pelo Cabo PM. No dia seguinte ao meu depoimento o mesmo Cabo PM me ligou questionando o que eu havia dito e se eu havia colocado sob suspeita aquela sindicância conforme ele me orientara. Foi nesse instante da ligação que ouvi a voz de um outro homem no fundo da ligação repetindo meu endereço;
3º O Coronel Jarlon teve um cuidado que eu não sei até agora se a Polícia Civil teve em requisitar junto ao Colégio Militar a ficha da aluna Rebeca Cristina Alves Simões e fez uma descoberta importante: REBECA GAZEAVA BASTANTE AULA. Onde Rebeca passava o tempo em que gazeava as aulas somente um dos envolvidos saberá responder;
4º Rebeca desapareceu sobre a ponte que fica no meio do caminho entre sua casa e o Colégio Militar. Foi a última vez que foi vista. Com certeza foi levada por algum conhecido. Mas porque Rebeca entraria no carro de um conhecido? Quem foi esse conhecido que a atraiu para o "cheiro do queijo"?
5º Conforme vocês verificam no meu depoimento, Rebeca era de uma brancura e de uma pele uniforme, e assim permaneceu mesmo depois de violada, sem marcas de agressão, com exceção das partes íntimas, e com exceção das marcas de teaser próxima a região do tendão de aquiles de uma das pernas, arma que dá choque e imobiliza a vítima, utilizada por policiais;
6º Só acharam sêmen no ânus. Uma observação, se não acharam sêmen na boca, não tendo sido a vítima forçada à felação, tudo leva a crer que a vítima estava inconsciente na hora do estupro. Talvez devido ao choque da máquina que citei acima. Talvez não tenha nem visto e reconhecido todos os estupradores. Outra coisa, o sêmen encontrado deve ser provavelmente de algum jovem e que até agora não foi identificado, talvez o tal filho de gente grande, porque os homens mais experientes controlam melhor a própria ejaculação. Basta ver o número de adolescentes grávidas de seus namoradinhos. Necessariamente Rebeca não foi estuprada pelos demais com camisinha também, só pelo fato de não ter sido encontrado outros sêmens;
7º Rebeca deveria se enfiar em algum local na hora em que gazeava aula, deve ter se envolvido com algum rapaz sem futuro. Um deles seria Patrick, que inclusive foi apontado (antes de aparecer o inquérito do Telejudiciário que trara da morte de Leopoldo Nascimento, conforme dito nas declarações) juntamente com Rafael Paquetá que era motorista do Diretor do Colégio Militar e que apesar de ter várias passagens pela polícia, estava lá por força do conhecimento que seu pai, um militar tem com vários políticos. Paquetá também foi apontado como um dos assassinos de Leopoldo. Paquetá inclusive é referência no mundo do tráfico e Patrick já teria respondido por delitos. Após 14 dias do assassinato de Rebeca, Leopoldo Nascimento, dono de uma casa onde ocorriam inferninhos, orgias e drogas à vontade, apareceu assassinado em sua casa e NÃO EXISTE NADA NO TELEJUDICIÁRIO;
8º Recentemente uma pessoa me pediu para nao sair espalhando e me meter no caso de Rebeca, porque o que estava por trás era grupo de extermínio, pistolagem. Realmente, a forma como Rebeca foi levada para ser morta em Jacarapé após o estupro foi em forma de execução. Um tiro de uma 380, a mesma arma que cabo Alcântara possuía sem registro e vendeu na feira de Oitizeiro segundo o próprio. A deixaram morta com as peças íntimas e com os brinquinhos e cordão de ouro que foram roubados no IPC. Está na foto a vítima com roupas íntimas e com suas joias;
9º Anotem que a "testemunha" contra o padastro de Rebeca, Cabo Edvaldo, é o Sargento Everaldo que responde por vários homicídios por ser de grupo de extermínio e levou 03 anos para informar à polícia que o padastro de Rebeca tinha mentido sobre seu álibi;
10º Não saberia Rebeca demais, nessas suas andanças? O que Rebeca ficou sabendo durante o período de gazeava aula? Quem eram seus amigos e sua companhia? E por que a polícia dá crédito a um Sargento que coleciona assassinatos como representante de grupo de extermínio quando o assassinato de Rebeca pode interessar a grupos de extermínio?
11º Não quero acreditar que a Polícia Civil juntamente com o esforço paralelo das investigações a mando do Secretario de Segurança não soubesse do passado do padastro de Rebeca, de que o mesmo era violento e apresentava umas perversões, precisou esperar 2013 e pedir a prisão em 2014? Ou estava tentando montar um cenário para acusar o padastro? Cômodo acusar uma pessoa que tem um comportamento sexual amoral, talvez para não chegar no grupo responsável pela morte de Rebeca né?
12º Fora outras questões que foram levantadas já e se encontram no meu depoimento. Vou pedir ao Ministério Público para me ouvir e receber uma cópia das minhas declarações.

Laura Berquó
Conselheira Estadual de Direitos Humanos


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